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Na manhã deste sábado, 12, o governador Marcelo Déda esteve reunido com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para esclarecer a situação epidemiológica do mosquito da dengue no país e em Sergipe, além de intensificar as soluções que possam evitar um surto da doença perante os esforços dos três entes federativos. A reunião, que aconteceu no Hotel Mercure, em Aracaju, contou ainda com as presenças do secretário de Estado da Saúde, Antônio Guimarães e de prefeitos e secretários municipais.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), Sergipe está entre os 16 estados brasileiros que representam risco de uma epidemia de dengue nos próximos meses. Em Sergipe, a exemplo do que ocorre em todo o país, circulam os vírus 1, 2 e 3 do Aedes Aegypti. Em 2010, foram registrados 1.800 notificações de casos de dengue, com 459 casos confirmados. O total de municípios em baixo risco equivale a 37,3%; o de médio risco 44% e alto risco 4%.

Para o governador Marcelo Déda, Sergipe tem se preparado de forma intensa desde o ano de 2008, quando ocorreu o último surto. “A vinda do ministro significa, sobretudo, que os três níveis de governo estão integrados, não existe um responsável para combater a dengue, o governo federal tem responsabilidade, assim como o estadual e as prefeituras têm, mas a sociedade tem que ser parceira, se os governos mandam apoio, mas dentro de casa o cidadão não cuidar da sua residência, a batalha será perdida, a melhor forma de enfrentar a dengue é a união entre os três níveis de governo e a sociedade. A ação do Estado vem se prevenindo através do apoio técnico aos municípios, da mobilização da sociedade e da criação de instrumentos próprios como a Brigada Contra a dengue, que criou um verdadeiro exército que se locomove por todo o estado atacando aqueles focos mais graves e aqueles municípios mais vulneráveis”, disse.

Déda acrescentou ainda que a iniciativa do Governo de combate ao mosquito vem surtindo efeito, com a diminuição, a cada ano, do número de ocorrências. “Os indicadores de Sergipe, ao fim de cada ano, tem revelado que a epidemia foi mantida sob controle. Mas a dengue tem um grande perigo: é você vencê-la e depois relaxar um ano seguinte. É preciso manter-se mobilizado todos os anos, e é o que estamos fazendo com toda estrutura, reunião com os prefeitos para ajudar a combater os focos e ajudar as prefeituras a reagir a qualquer risco”, destacou.

O ministro Alexandre Padilha alertou sobre os perigos da infestação no começo do ano e elogiou o governo sergipano pelo empenho na erradicação da dengue através de ações que servem como exemplos para todo o país. Ele também pediu a conscientização da população. “Cada um pode fazer alguma coisa, em casa, com o vizinho, a mobilização com o poder público, mas que estejamos todos unidos. O governador Marcelo Déda está de parabéns pela força que vem demonstrando para combater esse mal, seja em centros para atendimentos aos pacientes, seja em mobilização e campanhas educativas. Os nossos estudos mostram que mais de 80% dos focos dos mosquitos está dentro das casas das pessoas, a cada ano os mosquitos têm uma capacidade de se adaptar em qualquer lugar, o cuidado da casa é algo que só a família pode fazer”, enfatizou.

Padilha disse ainda que foi determinado, no começo do ano, que a notificação para que os casos de dengue com maior gravidade sejam atendidos, obrigatoriamente, em 24 horas. “Sergipe está preparado contra o risco de epidemia. Com esse plano, vamos transformar essa reunião no início de uma batalha”, completou.

O prefeito Edvaldo Nogueira reafirmou que nos últimos três anos, houve uma diminuição relevante nos casos de dengue na capital sergipana. “Temos tido uma grande vitória em Aracaju, estamos há três anos em batalha permanente, fazendo mutirões, integrando equipes da prefeitura, as nossas 41 unidades de saúde preparadas para fazer o diagnóstico precoce, temos todos os instrumentos para evitar essa epidemia. Em comparação com 2008, reduzimos mais de 90%. Aracaju, está buscando vencer a batalha, com muito trabalho, para que possamos combater esse mal”, destacou.

Centro de Retaguarda

O Centro de Retaguarda em Epidemias, inaugurado ano passado,  amplia a vigilância epidemiológica desenvolvida pelo Estado, permitindo uma melhor qualidade de diagnóstico e tratamento da Influenza A (H1N1), dengue e outras epidemias. O Centro se insere nas ações preventivas, integradas e educativas de um trabalho exaustivo de prevenção e combate a essas doenças, que o Governo de Sergipe vem fomentando nos 75 municípios do Estado.

“Esse centro serve como referência. Quero manter Sergipe livre da dengue, precisamos estar trabalhando para reduzirmos a infestação e para impedirmos a epidemia. Nesse sentido, quero pedir, novamente, a colaboração dos prefeitos para mobilizar a brigada de combate”, declarou Déda.

A unidade funciona no prédio da antiga Clínica dos Acidentados é capaz de prestar atendimento aos pacientes que necessitarem de internamento de média complexidade. Para isso, trabalham no local equipes técnicas assistenciais de médicos emergencistas e especialistas, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, auxiliares administrativos e infectologistas. Em sua retaguarda, o serviço dispõe de laboratório, ultrassonografia, radiologia, exames de sorologia e sala de estabilização.

A infraestrutura conta com um total de 36 leitos – entre pediátricos e adultos – sala de hidratação, salas de nebulização, sala de observação e uma sala de estabilização para pacientes com risco iminente de morte, e que necessitem de suporte terapêutico/tecnológico de Terapia Intensiva e procedimentos invasivos de suporte avançado de vida. A capacidade diária de atendimento é de 100 pacientes.

Transplantes de órgãos

O coordenador executivo da Capacitação e Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, o médico Silvano Raio, também esteve presente ao evento e ministrou uma pequena palestra sobre a importância dos transplantes de órgãos. Ele disse que o Estado, embora tenha uma grande capacidade técnica e instrumental na área, sobretudo no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ainda tem números insatisfatórios.

“O número de transplantes é muito pequeno em relação a potencialidade técnica, existem cirurgiões que já fizeram aqui mesmo bastantes transplantes. O Huse reúne todos os casos candidatos à morte encefálica e, portanto, à doação”, frisou Silvano.

O governador, por sua vez, reiterou o compromisso de intensificar campanhas educativas. “A palestra do Dr. Raia mostrou que Sergipe tem um índice insatisfatório de transplantes de órgãos, Estou disposto a lançar uma campanha para que possamos avançar nesse segmento. Estou disposto a ser parceiro dessa luta”.

Sala de Situação da Dengue

Na ocasião da reunião com o ministro, o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, apresentou a Sala de Situação da Dengue, que é um sistema online com informações da situação epidemiológica e entomológica do mosquito Aedes aegypti nos municípios sergipanos. A sala faz parte das ações do Plano de Contingência da Dengue em Sergipe, e que foi avaliado durante a semana por técnicos do Ministério da Saúde que realizaram um trabalho que antecedeu a visita de Alexandre Padilha. A avaliação foi positiva.

Para o secretário Antônio Carlos Guimarães, o plano que possui um importante papel na execução ao combate da doença, possibilitando cada vez mais o acesso do usuário aos serviços e informações, assim como o da imprensa e toda a sociedade. Nesse sentido, foi desenvolvido o projeto da Sala de Situação da Dengue. “Este projeto foi desenvolvido na SES e está disponível no Portal da Saúde e no hotsite Sergipe Contra Dengue. É um mapa de Sergipe e quando você clica em alguma cidade, você terá todas as informações sobre casos confirmados, casos notificados, dentre outros, de todos os 75 municípios de Sergipe e com atualização diária para que todos possam ver e acompanhar como está a situação”, explicou o secretário.

Os municípios que apresentam a cor verde está em situação satisfatória; vermelha, em alto risco de epidemia; amarela, em alerta; e azul, é quando o município não informa.

Presenças

Participaram da sonelidade os senadores Antônio Carlos Valadares e Eduardo Amorim, os deputados federais Valadares Filhos, Rogério Carvalho, Heleno Silva, Almeida Lima, Laercio Oliveira, os deputados estaduais Angélica Guimarães, João Daniel, Capitão Samuel, pastor Antônio, Zezinho Guimarães, Paulinho da Varzinhas, o secretário de Saúde, Antônio Carlos Guimarães, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Antônio Carlos Lade, o coordenador executivo da Capacitação e Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, o médico Silvano Raia, além de prefeitos e secretários municipais.

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