Maestros de renome internacional enriquecem trabalho da ORSSE
“À medida que nos conectamos com o mundo, aumentamos o nosso ponto de vista e isso se aplica a tudo nessa vida. Com a música, que é a fonte do nosso trabalho, não é diferente”. Estas são as palavras do contrabaixo José Reginaldo de Jesus, um dos músicos da Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE), se referindo a importância da série ‘Regentes Convidados’, da ORSSE, para os músicos que formam o grupo.
Através desta série, a orquestra sergipana realiza concertos que são coordenados por maestros que vêm de outros Estados ou países. Ao longo dos últimos oito anos, período marcado pela reestruturação da ORSSE, com destaque no circuito nacional da música clássica, esta série teve papel fundamental, promovendo um verdadeiro intercâmbio cultural para os músicos e diretores do grupo.
“Quando temos um regente convidado conosco, temos uma grande oportunidade de novas experiências. Tomamos conhecimento do que está se fazendo em termos de música erudita em todo o Brasil e, principalmente, na Europa, que é o grande berço da música clássica mundial. Além disso, temos a possibilidade de mostrar ao público sergipano tudo isso que aprendemos com eles, nos aperfeiçoando ainda mais”, completa Reginaldo, músico que há sete anos e meio está no grupo.
Ele acompanhou de perto a evolução que a ORSSE alcançou ao longo da gestão do governador Marcelo Déda e pôde ver também regentes de destaque nacional e internacional passar por Sergipe, trazendo um pouco das suas experiências e conceitos. Isaac Karabtchevsky, David Handel, Michel Legrand, Marcelo de Jesus, Jamil Maluf, Roberto Tibiriçá, Jesús Medina, Nurham Arman, Helder Trefzger, Luiz Fernando Malheiro e Nikolas Rauss são apenas alguns dos que enriqueceram o trabalho da ORSSE com suas experiências na música clássica.
Nikolas Rauss, por exemplo, foi o último regente convidado que esteve à frente da ORSSE na temporada 2013. Ele, que é suíço e foi maestro da Orquestra Filarmônica de Mendoza até 2004, tem se destacado no cenário internacional por suas constantes regências em orquestras de várias partes do mundo. Em sua passagem por Aracaju, que durou cerca de uma semana, Rauss pôde ensaiar com os músicos, conhecer de perto a música clássica produzida em Sergipe, e conversar bastante com o grupo sobre suas experiências musicais.
“Tivemos vários ensaios, mas desde o primeiro tive um prazer e um gosto muito grande em reger para esta orquestra. Senti neles muita observação, atenção as minhas orientações e conselhos, e uma adesão total ao trabalho”, frisa o maestro. “Esta é uma orquestra que está em estado de progresso, que tem um nível que tende a cada dia melhorar. Têm músicos que são muito bons, outros muito jovens, mas que com o decorrer do tempo devem se aperfeiçoar bastante, por isso foi uma grande honra vir a Sergipe e poder reger para eles”, completou Nikolas Rauss.
Outros músicos, assim com José Reginaldo, também destacam a importância de presença desses convidados em apresentações ao longo do ano. O spalla da orquestra, Márcio Rodrigues, por exemplo, é categórico quando o assunto são os regentes convidados. Para ele, a troca de experiências oferecidas para os músicos são fundamentais para o engrandecimento da carreira e do grupo como todo. “Esses maestros tem uma experiência internacional muito grande, trabalham com muitas orquestras, em diversos lugares, e eles trazem essa experiência para nós, agregando mais valor a todos nós enquanto músicos”, observa.
A violoncelista Andressa Souto concorda com a opinião de Márcio, e acrescenta que essas experiências são fundamentais para qualquer músico que quer crescer. “Nenhum regente tem a mesma forma de trabalhar, então aprendemos muito com cada um deles. Eu, particularmente, noto que a Orquestra tem um crescimento quando temos esses maestros convidados, pois vem novas informações, novas formas de reger, de passar a música. É sempre muito bom”, diz.
Gestão comprometida
A presença de tantos regentes convidados só é possível graças ao entendimento e comprometimento da atual gestão da Orquestra Sinfônica de Sergipe e da Secretaria de Estado da Cultura, pasta que coordena o grupo. O grupo conta ainda com patrocínio do Ministério da Cultura (MinC), através da Lei Rouanet, e do Banese, grande mantedor da ORSSE há várias temporadas.
Para a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, este cuidado que o Governo Marcelo Déda tem com a música clássica, é um reflexo de todas as ações existentes nas mais variadas áreas da cultura. “Desde que chegou ao Governo, Marcelo Déda deu uma atenção especial a Orquestra Sinfônica, confiando este trabalho de reestruturação ao competente maestro Guilherme Mannis, que o vem realizando com grande dedicação”, afirma a secretária.
“Além disso, temos todo esse cuidado com a ORSSE por ela ser mais um dos grandes produtos da cultura sergipana. Um produto que a cada ano ganha mais visibilidade nacional e que só orgulha os sergipanos com seus concertos”, completa Eloisa.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Maestros de renome internacional enriquecem trabalho da ORSSE – A musisista Andressa Souto / Fotos: Fabiana Costa/Secult