Lei Seca: atendimentos do Samu a acidentes nas estradas caem 14%
Estatísticas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam em Sergipe uma redução média de 14% no número de acidentes atendidos pelo Serviço após o primeiro mês da Lei Seca. Entre os dias 20 de maio e 20 de junho, antes da norma entrar em vigor, o Samu registrou 216 acidentes automobilísticos, número que foi reduzido para 187 no período de 21 de junho a 21 de julho. Os dados incluem registro de colisões, capotamentos e atropelamentos.
De acordo com a coordenadora de Enfermagem do Samu Sergipe, Conceição Mendonça, a redução é expressiva, sobretudo se for levado em consideração o curto espaço de tempo da lei em vigor. "Faremos novas avaliações para acompanhar os índices, mês a mês. Esta é uma lei de proteção à vida que veio para conscientizar as pessoas sobre os perigos de misturar álcool e direção. Felizmente a iniciativa foi bem aceita por boa parte da sociedade", afirma a coordenadora.
"Um dos graves problemas do Brasil é o grande número de traumas em acidentes de veículos associados à bebida alcoólica. Muitos jovens estão morrendo no trânsito. E o motorista que dirige embriagado não põe apenas a vida dele em risco, mas a dos outros também", comenta Conceição, acrescentando que do total de 187 acidentes registrados entre junho e julho, 103 foram colisões, 24 capotamentos e 60 atropelamentos.
O comparativo entre os meses de junho e julho aponta uma redução média de 40% no número de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito. Nos primeiros 20 dias de junho, o Samu Sergipe atendeu a 131 ocorrências, enquanto no mesmo período de julho esse número foi de 79 acidentes. Deste total, o Serviço registrou 61 colisões, 17 capotamentos e apenas um atropelamento.
A Lei 11.705, popularmente conhecida como Lei Seca, foi publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2008, prevê multa no valor de R$ 955 e até a perda da carteira de habilitação por um ano do motorista que tiver ingerido bebida alcoólica e for pego dirigindo.
Economia
A coordenadora destacou ainda o aspecto financeiro da redução, explicando que a economia do Governo com os custos de saída das viaturas pode ser revertida em cursos de educação permanente e qualificação para os profissionais do Serviço.
"A saída de uma Unidade de Suporte Avançado, por exemplo, com média de 30 minutos até a chegada num município próximo, representa um investimento de aproximadamente R$ 250. Se a cidade for ainda mais distante, com localização superior à uma hora de distância, esse valor chega a triplicar", enfatiza Conceição.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Lei Seca: atendimentos do Samu a acidentes nas estradas caem 14% – Foto: Márcio Garcez/Saúde