IV Encontro de Recursos Hídricos discute cenário para o ano de 2025
Os Cenários Brasileiros de Recursos Hídricos para o ano de 2025 foi um dos temas discutidos na manhã de hoje, 23, durante a abertura do IV Encontro de Recursos Hídricos de Sergipe, uma realização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). O evento, que se estenderá até o dia 25 deste mês com apresentações de palestras e trabalhos de pesquisas, conta com a participação de nomes renomados na área, a exemplo do doutor em Recursos Hídricos, Antônio Eduardo Leão Lanna, que é um dos mentores do Sistema Nacional de Recursos Hídricos.
Durante abertura do evento, o secretário da Semarh, Genival Nunes, falou da importância do IV Encontro por reunir e oportunizar a comunidade técnica e acadêmica sergipana a expor os resultados de estudos, pesquisas, trabalhos e ações relacionadas aos recursos hídricos nas bacias do Estado. “O evento contribui com a disseminação do conhecimento sobre os recursos hídricos locais e, por consequência, o aumento da consciência ambiental da comunidade sergipano relacionado o manejo da água”, salientou o secretário.
Sobre as ações da pasta, o secretário destacou a algumas medidas de proteção e preservação da nascente, por meio de execução dos Projetos Preservando Nascentes e Municípios e do Adote um Manancial. “Ambos os projetos contemplam a itens como Educação Ambiental junto à comunidade local, e especificadamente a preservação de nascentes e matas ciliares com processos de reflorestamento”, explicou, enfatizando ainda que o projetos atende as sub-bacias dos Rios Poxim, Cajueiro-dos-Veados e Siriri-Vivo, e ainda a recuperação da sub-bacia do Rio Piauitinga com intervenções em áreas de preservação permanente situadas nos municípios de Lagarto, Salgado, Boquim e Estância.
O evento que reuniu a estudantes, professores, pesquisadores, profissionais da área de recursos hídricos e afins teve palestras inicial apresentada pelo doutor em Recursos Hídricos, Antônio Eduardo Leão Lanna, que fez uma explanação sobre um estudo relacionado ao Cenário Brasileiro de Recursos Hídricos para 2025. “Cenários são criados não para prever o futuro, mas para preparar os sistemas por meio da avaliação à inserção do sistema nos diferentes futuros que podem ocorrer”, frisou.
Segundo expôs, há muitas incertezas críticas para o cenário do amanhã. Durante ministração da palestra, o consultor de recursos hídricos fez ilustração de quatro cenários distintos para o futuro hídrico do Brasil. “Os cenários sempre mudaram e continuarão mudando de forma célere e muitas vezes inesperadas”.
Na conclusão da palestra, apresentou a tendências de peso e incertezas críticas mundiais e brasileiras, e, citou alguns elementos norteadores para as estratégias e ações na área de recursos hídricos, como, pressões para redução das emissões do CO2; biocombustíveis; aumento do PIB; maiores preocupações ambientais; pressões internacional sobre a proteção da Amazônia; aumento da demanda mundial por grãos e proteínas animais; incentivo ao turismo e a valorização dos ambientes naturais protegidos.
Visão para Sergipe
O Cenário dos Recursos Hídricos para Sergipe para 2025 também foi apresentado pelo superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha. O superintendente apresentou dois cenários: o Tendencial e o Alternativo. Segundo Ailton, o alternativo é um cenário onde se prevê a utilização racional dos recursos hídricos pela adoção de medidas e tecnologias que garanta uma diminuição das perdas por parte dos sistemas de abastecimento de água e pela implantação de tecnologias nos setores industrial e agrícola pela maior eficiência no processo produtivo, de forma a diminuir o consumo de água e também pelo aumento da produtividade.
Já o tendencial, explicou Ailton, é um cenário característico de uma projeção futura para todos usos das bacias hidrográficas, mediante a consideração de que não será realizado nenhum investimento representativo nos setores usuários dos recursos hídricos em beneficio do uso racional, do reuso e de tecnologias que garantam a redução de perdas e elevação de eficiência nos processos produtivos agrícolas, industriais e de consumo humano e animal.
Quanto ao aumento da oferta de água no Estado de Sergipe destacou o aporte hídrico superficial externo à partir da transposição de água do rio São Francisco para as demais bacias do Estado; o aumento na eficiência da utilização da água, sobretudo nos sistemas públicos de abastecimento; crescimento da utilização da água subterrânea, disponível em quantidade e qualidade sobretudo nos terços médio e inferior das bacias hidrográficas do Estado; e a recuperação dos mananciais superficiais do Estado.
Encontro
O IV Encontro faz parte da programação da Semana da Água, evento que vem sendo realizado pela Semarh desde a última segunda-feira. As edições anteriores do ENREHSE contaram com um total de 80 trabalhos apresentados em sessões técnicas e cerca de 500 participantes, que discutiram diversos aspectos relacionados ao uso da água no Estado.
Neste ano, além de palestras com convidados de renome, haverá ainda a apresentação de diversas pesquisas e trabalhos realizados. A expectativa da comissão organizadora do evento é receber contribuições de excelente nível técnico. O evento teve o número de 300 inscritos, com previsão para apresentação de 50 trabalhos técnicos.
Para o pesquisador da Embrapa, Marcos Aurélio Soares Cruz, o IV Encontro é sinônimo de uma iniciativa de sucesso. “Estamos na 4ª edição e o histórico mostra a relevância do evento. onde alunos e pesquisadores utilizam o espaço para divulgação de projetos e experiências na área”, conta. A Embrapa Tabuleiros Costeiros é parceira da Semarh na realização do IV Encontro.
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- Genival Nunes
- participou do evento / Fotos: Igor Andrade/Semarh