Infiltrações prejudicam abertura da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes

As chuvas dos últimos dias continuam agravando as condições físicas da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, construída na gestão passada através de parceria entre o Governo do Estado e a Organização Mundial da Família (OMF). Os prejuízos na infra-estrutura do prédio já foram constatados através de vistorias técnicas da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que mostraram os desajustes na concepção do projeto voltado para o atendimento às gestantes de alto risco de Sergipe.

As infiltrações nas paredes do Centro Cirúrgico são apenas alguns dos agravantes encontrados pelas equipes do Departamento Estadual de Habitação e Obras Públicas (Dehop) e do Departamento Estadual de Infra-estrutura Rodoviária (DER). Segundo especialistas dos dois órgãos, os erros vão desde a falta de impermeabilização nas paredes externas do Centro Cirúrgico até o acúmulo de água na área externa, inclusive nos tubos de eletricidade.

A maternidade foi inaugurada sem obras de drenagem e terraplanagem, nem pavimentação do entorno para o escoamento da chuva. Estes serviços, que deveriam ter sido executados pelo governo anterior, serão iniciados pelo DER assim que o tempo estiver mais estável e sem tantas chuvas. "A terra ainda está muito úmida", explica o diretor do órgão, Ézio Faro.

Prevenção acertada

Todas as falhas encontradas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes comprovam o acerto da SES ao tomar medidas preventivas antes de receber o novo equipamento, conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com responsabilidade, o atual Governo do Estado cobrou os resultados do investimento de mais de R$ 11 milhões na obra. A contrapartida da OMF não ultrapassou R$ 3 milhões.

De acordo com o coordenador geral da Maternidade Hildete Falcão, George Caldas, até que todos esses problemas sejam sanados, nenhuma atividade poderá ser realizada na unidade. "Essas condições agravam os riscos de contaminação das mães e dos bebês", afirma.