Inclusão participa de debate sobre cidadania de mulheres soropositivas
Dando continuidade às atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher, a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM), órgão vinculado a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), participou na tarde desta quinta-feira, 25, da abertura do II Encontro Estadual das Cidadãs Posithivas. A solenidade acontece até o próximo sábado, dia 27, no auditório do Sest/Senat, em Aracaju.
De acordo com a coordenadora da CPPM, Neusa Malheiros, nesta quinta o evento incluiu temas como ‘Violência contra a mulher’ e o ‘Tratamento da Aids: maior sobrevida x efeitos colaterais’. O objetivo é fortalecer a luta para que as mulheres soropositivas sejam reconhecidas como cidadãs e tenham seus direitos respeitados.
“Estamos refletindo sobre estratégias de cuidado voltadas para o público feminino e discutindo a inclusão social das cidadãs que estão convivendo com HIV/Aids”, destacou Neusa, acrescentando que, além da discriminação, as mulheres sofrem com a violência cometida pelo companheiro.
Segundo a idealizadora do evento, Maria Georgina Machado, soropositiva há 14 anos, o encontro é uma oportunidade de trocar experiências na tentativa de melhorar a vida dos portadores do vírus do HIV, em especial o público feminino. “Queremos mostrar que é possível lutar contra o HIV e dar sequência às nossas vidas”, ressaltou.
Já a representante do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas (MNCP/RN), Gisele Dantas, que há 12 anos é soropositiva, relatou que no Nordeste os índices de mulheres infectadas têm aumentado. “Diversos fatores contribuem para a vulnerabilidade das mulheres ao HIV. Um deles é a dificuldade em negociar o uso do preservativo com seu parceiro. Com isso, 95% dos casos de infectadas acontece pelos companheiros”.
Segundo Gisele, a vulnerabilidade feminina ao HIV é maior do que a masculina e está diretamente relacionada à pobreza e à baixa escolaridade. Outro fator que contribui para esse fenômeno é a dificuldade da negociação do uso do preservativo. “O aumento de cidadãs infectadas está nas classes populares”.
Soropositiva há 20 anos, Maria Ivonete Souza, 68, foi homenageada pelo seu envolvimento na luta pela sobrevida das cidadãs soropositivas. “O HIV não vai me levar, sou eu quem vai destruí-lo”, enfatizou esperançosa. O programa de combate à Aids da Secretaria de Estado da Saúde também participa do evento.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Inclusão participa de debate sobre cidadania de mulheres soropositivas – Georgina Machado Coordenadora Estadual do Movimento das Cidadãs Phositivas II Encontro de Cidadãs Posithivas / Fotos: Edinah Mary/Seides