Inclusão amplia debate sobre políticas públicas para as mulheres

O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e da Coordenadoria de Política Públicas para as Mulheres (CPPM), iniciou nesta quarta-feira, 3, e realiza até esta quinta, 4, o II Seminário ‘Mulher, Gênero e Políticas Públicas’. O evento acontece no auditório da Seides para discutir o desenvolvimento de ações e a promoção de políticas públicas para as mulheres em temas como a ocupação feminina dos espaços de poder e no mercado de trabalho, assim como o combate à violência contra a mulher.

“Esse encontro é de fundamental importância para a construção e consolidação de políticas públicas para as mulheres no Estado de Sergipe. Nesses dois dias discutiremos todos os trabalhos inscritos no prêmio Mulher Igualdade de Gênero para que possamos contribuir cada vez para a efetivação do direito das mulheres”, disse a coordenadora da CPPM, Neusa Malheiros.

No primeiro momento do debate, as diversas entidades representativas da mulher presentes ao encontro refletiram sobre o tema ‘As Mulheres e o Poder no Brasil: conquistas e desafios’, cuja discussão foi conduzida por Stefane Silva, representante da Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), órgão vinculado à Presidência da República.

Segundo a palestrante, a ideia do tema é disseminar entre as sergipanas mecanismos como o disque-denúncia de combate à violência contra a mulher ‘Ligue 180’. “Espero que elas se apoderem desse conhecimento e das ações da SPM e possam levar essa informação adiante, usando-a sempre que necessário. O mais importante é que as mulheres estejam conscientes para que, através desse conhecimento, possam tomar atitudes reais”, destacou Stefane.

De acordo com a coordenadora da CPPM, Neuza Malheiros, mesmo com todos os avanços e direitos conquistados pelas mulheres ao longo da história, muito ainda precisa ser feito. “Essa é uma questão central e um grande desafio para todos, já que nós ainda temos uma sub-representatividade das mulheres no mercado de trabalho, em especial nos espaços de poder. Em Sergipe, por exemplo, apenas 15% das mulheres ocupam espaço em cargos nos executivos”, disse Neusa.

A partir do eixo de discussão intitulado ‘As mulheres e o poder’, os grupos de trabalho debatem questões como a saúde da mulher, a postura no mercado de trabalho, projetos educacionais, dentre outros.

Continuidade

Já na quarta-feira, 4, além de debates, palestras e composição de grupos de trabalho, haverá, às 17h, a solenidade de entrega do prêmio ‘Mulher e Igualdade de Gênero’. Nove produções científicas entre 30 inscritas foram selecionadas para receber prêmios em três categorias: Ensino Médio, Graduação/Especialização e Profissionais.

Os estudantes do ensino médio que foram premiados recebem R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais), os estudantes de graduação e/ou especialização que apresentaram artigos científicos recebem R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), e os profissionais premiados são contemplados com R$ 3.000,00 (três mil reais).

Além de receber um prêmio de R$ 3 mil, a vencedora do artigo científico na categoria Profissional, Flora Alice, destacou que o seminário é um espaço importante para fortalecer as políticas publicas no Estado. “Aqui podemos discutir políticas públicas mais equânimes”, pontuou.

Presenças

Participaram da abertura do II Seminário ‘Mulher, Gênero e Políticas Públicas’, Adélia Pessoa, do Ministério Público Estadual; a deputada Conceição Vieira; a presidente da Federação das Mulheres em Sergipe, Maria de Lourdes Guimarães; a professora Hortência Oliveira, secretária adjunta de Estado da Educação; Maria de Fátima, representante da Secretaria de Estado da Saúde e da Faculdade de Sergipe.

Participaram ainda Maria Helena Santana Cruz, do Núcleo de Estudos da Mulher, Relação e Gênero da UFS; Jesana Batista, do Grupo de Mulheres da Unit; Richismay Lisório, do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública; Cristiane Ludmila; presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; o gerente de Negócios do Banese, Robson Cosme; e representantes da sociedade civil organizada.