Imaginário artístico em exposição na GAAS
“Esta exposição foi uma provocação a nossa capacidade de criação”, disse o artista plástico, Cruz. Ele trabalha com esculturas em aço desde 1989 e expõe uma peça que ele mesmo não definiu e prefere que o espectador fique à vontade para classificá-la. A obra, intitulada ‘De natureza líquida’, é trabalhada em aço inoxidável e é uma metáfora, tanto no título, quanto na execução. Em lugar da tela, uma prancha de aço, contornada por uma moldura, onde se vê um pote virado derramando água, caindo ‘literalmente’ no chão da galeria. “Não é quadro, não é escultura, não é pintura. O público pode ficar à vontade. Posso dizer que é uma escultura, uma instalação. O bom é essa liberdade de ver e sentir a arte”, explicou Cruz, que não busca estabelecer um estilo, mas perseguir a idéia para não ficar no lugar comum.
Rina é outra artista plástica que não gosta de ficar no lugar comum. Com uma tela rica em cores e formas, é impossível olhar mais de uma vez para a tela e não encontrar um traço diferente, uma forma diferente, uma cor nova. “Muita gente diz não gostar de arte contemporânea por não saber ‘ler’ a obra. Geralmente, o percurso é o mesmo da leitura, da esquerda para a direita. Dessa forma, você descobre o ‘caminho’ da obra e consegue apreciá-la”, explicou Rina. Esta brasileira naturalizada, de cabelos alvos, deixou as praias cariocas e veio parar na terra dos cajus por amor a um sergipano de Itabaiana. “Graças a Deus que ela veio parar aqui, porque eu e meus irmãos nascemos sergipanos”, disse Anita Barreto, filha de Rina. Com quatro filhos, quatro netos, dois bisnetos e mais de cem quadros, a artista plástica debutou em 1984, na galeria de Luduvice Jose e vendeu todos os quadros.
“´Imagem e Imaginação´ tem um sabor especial. A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju) vai adquirir uma das obras da exposição para o acervo da GAAS. “Além de estimular os artistas, vamos envolver o público da galeria, pois a obra vai ser escolhida numa eleição. O visitante da galeria aprecia as obras, vota numa delas numa cédula e deposita na urna. A mais votada será adicionada ao acervo da galeria. Esta é uma forma de mostrar ao espectador que ele pode, e deve, interagir com a arte e com a galeria”, disse Karlene Sampaio, presidente da Funcaju.
Mas, esta exposição vai render duas obras ao acervo da GAAS. A segunda obra é a do artista plástico Valter Santos. Para esta exposição, ele fez um busto do patrono da galeria, Álvaro Santos, em argila. “Como para mim foi privilégio participar desta exposição, resolvi homenagear tanto a galeria, como o patrono, que foi uma pessoa que estimulou e muito o desenvolvimento da arte sergipana”, disse Valter. Ele pretende montar uma exposição especial só com bustos em homenagem a diversas personalidades sergipanas. ´Imagem e Imaginação´ fica em cartaz até o dia 5 de junho.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Imaginário artístico em exposição na GAAS – Fotos: Edinah Mary