Imagens retratadas por Pierre Verger podem ser conferidas pelo público até este domingo
Considerada uma das cinco maiores mostras fotográficas individuais já realizadas no mundo e a maior no Brasil, a exposição é resultado das viagens de Pierre Verger e apresenta um registro apaixonado da cultura afro-brasileira clicada pelas lentes do artista.
Além das fotografias, o público poderá conferir objetos pessoais, como a câmara Rolleiflex, com que Verger trabalhou durante toda a vida, objetos da cultura afro e suas obras publicadas. O documentário “Mensageiro entre Dois Mundos”, dirigido por Lula Buarque de Holanda e narrado pelo ministro da Cultura Gilberto Gil, também faz parte da exposição. O vídeo, uma homenagem aos 100 anos do fotógrafo, narra a vida de Verger e apresenta alguns trechos da entrevista que ele concedeu ao cantor e ministro um dia antes de sua morte.
O horário para visitação da mostra, com acesso gratuito, é até às 20h30, nesta sexta-feira, e das 13h às 20h30min no sábado. No domingo, último dia da exposição em Aracaju, o horário é de 13h às 18h. O Museu do Homem Sergipano está localizada na rua Estância, 54, Centro.
Pierre Verger
Nascido na França e radicado na Bahia, Pierre começou a fotografar aos 30 anos de idade quando, após a morte de sua mãe, resolveu percorrer pelo mundo registrando suas viagens. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente do trabalho como fotógrafo.
Em 1946 mudou-se para Salvador, onde entrou em contato com o Candomblé e tornou-se um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948. Lá, além da iniciação religiosa, Verger começou nessa mesma época um novo ofício, o de pesquisador. Registrou dois mil negativos e relatou toda sua experiência. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser disponibilizar as suas pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Em 1988, criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente. A partir disso, sua casa transformou-se num centro de pesquisa. Verger faleceu em fevereiro de 1996, deixando à Fundação a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Imagens retratadas por Pierre Verger podem ser conferidas pelo público até este domingo –