Idosos comemoram o dia do Folclore em Aracaju
Durante o evento, os idosos puderam expor e comercializar vários trabalhos artesanais produzidos nos centros de convivências, além de comidas típicas. O ponto alto da festa foi o desfile dos grupos Para-Folclóricos pelas ruas do centro comercial de Aracaju e as apresentações na praça Fausto Cardoso. Dentre os grupos que se apresentaram estão o Peneirou Xerém, do Castelo Branco; São Gonçalo, do CSU Associação das Lavadeiras; Pastoril, do São Conrado; Reisado, do CSU, do Aloque e da Farolândia; Samba de Coco, do CSU Associação das Lavadeiras, Reisado, de Laranjeiras; Guerreiro, de Laranjeiras; Samba de Coco, da Barra dos Coqueiros e a Banda de Pífanos, de Japaratuba.
“Esse Encontro tem tido uma participação muito importante dos grupos de idosos do município de Aracaju. É preciso que a gente entenda que, mais que qualquer outro grupo, o idoso resgata e divulga para toda sociedade a tradição cultural das representações folclóricas do estado de Sergipe”, afirma a secretária de Assistência Social do município, Ana Côrtes.
Para-Folclóricos
Os grupos para-folclóricos são os que ainda não são considerados completamente folclóricos, pois ainda continuam treinando para aperfeiçoar a técnica das danças que executam.
O grupo Peneirou Xerém, do Castelo Branco, foi um dos que se apresentaram durante o evento. Fundado há 14 anos, o grupo é composto por 22 idosos, sendo que apenas um homem participa fazendo o papel do avô. O Peneirou Xerém é uma dança antiga, na qual é retratada a época que não existia o moinho e tudo que era produzido com o milho tinha que ser feito manualmente. “A dança demonstra essa situação, os integrantes utilizam a peneira mostrando como eram feitas as comidas antigamente. O xerém é o bagaço que sobra do milho após ser ralado e peneirado”, diz a coordenadora do grupo, Josefa Santos Souza.
As integrantes não usam roupas caipiras, mas roupas de senhoras da época. A idéia do grupo surgiu com uma pequena roda de dança e com o passar do tempo o número de integrantes foi aumentando e o interesse pela dança também. “Hoje, os próprios integrantes compõem as músicas utilizadas na dança. Temos um reconhecimento em todo o estado e sempre somos convidados para participar de eventos culturais”, afirma a coordenadora.
Para alguns dos participantes, as atividades dos grupos é uma nova forma de aproveitar a vida depois de anos de trabalho. “Agora, depois de 28 anos de trabalho, posso aproveitar tudo que não pude fazer quando jovem. Participar da dança é uma libertação. Tive toda minha juventude muito podada”, diz a aposentada Maria Auxiliadora Menezes, 58 anos, do grupo Peneirou Xerém. Mesmo contra o gosto da família ela participa do grupo há quatro anos.
Segundo Irene Ribeiro Santos, 64 anos, participante do Pastoril, do São Conrado, a existência dos grupos de convivência dos idosos é uma das melhores realizações da prefeitura. “São momentos maravilhosos que passamos juntos. Não tem brigas e é só alegria. Trabalhamos e brincamos juntos. É muito bom”, afirma a idosa que há 16 anos participa do grupo.[/vc_column_text][/vc_column]
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- Idosos comemoram o dia do Folclore em Aracaju – Fotos: Wellington Barreto Agência Aracaju de Notícias