Huse acolhe projeto de pesquisa na área de fonoaudiologia
Um projeto de pesquisa pioneiro no Estado está envolvendo pacientes do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Duas alunas do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) – sob supervisão da professora e fonoaudióloga Priscila Oliveira – estão tomando como base para este projeto dados colhidos através do monitoramento auditivo de pacientes oncológicos.
Uma cabine audiométrica e um audiômetro são apenas alguns dos recursos que estão sendo utilizados pelas universitárias. A cabine tem como propósito fornecer um ambiente acústico capaz de garantir a confiabilidade de testes de audição. Atendido este requisito, os pacientes são submetidos a uma imitanciometria, teste capaz de fornecer informações objetivas sobre a integridade funcional das estruturas do sistema auditivo, como tímpano, ossículos e transmissão nervosa.
De acordo com a fonoaudióloga Priscila Oliveira, o tema do projeto, que será o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das estudantes, surgiu através de relatos de que os medicamentos cisplatina e carboplatina podem ter como efeito colateral a perda auditiva. “Queremos mostrar com dados que uma das reações dessas medicações é afetar a parte auditiva. Em uma semana no Huse, já atendemos a 27 pacientes oncológicos. Em caso de alteração auditiva, fazemos o encaminhamento, via Hospital Universitário (HU), para que esses pacientes possam utilizar o aparelho auditivo”, explica.
O trabalho está sendo desenvolvido pelas alunas do 8º período de Fonoaudiologia da UFS, Alana Dantas e Carine Nabuco. Além da pesquisa atual, a professora Priscila Oliveira, que as orienta, pretende participar de reuniões clínicas do Centro de Oncologia e montar um projeto de pesquisa permanente dentro do hospital.
Ensino e pesquisa
Para a coordenadora do Centro de Oncologia do Huse, Rute Andrade, a pesquisa realizada dentro do Huse mostra que a atividade científica tem atenção dentro da unidade. “Além da assistência, nos preocupamos também com ensino e pesquisa. Já trabalhamos com pesquisas em áreas como linfoma e leucemia, agora chega esta na parte de audição para somar. Quero destacar que estamos de portas abertas a essas pesquisas, que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes”, relata.
O médico oncologista Antônio Carlos Freitas é um dos apoiadores do trabalho. “É a primeira vez que se faz uma pesquisa dessa natureza, sobre esse tema, no Huse. Estou procurando encaminhar os meus pacientes para as estudantes porque sei da relevância que tem esse projeto desenvolvido por elas nesse hospital”, destaca.
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