Hospital de Glória duplica capacidade de atendimento

Desde o mês de abril, quando o Estado assumiu novamente o comando do Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, a unidade de saúde vem passando por uma série de mudanças que resultaram positivamente na qualidade dos serviços e na capacidade de atendimento. O hospital, que se tornou referência na região, atendeu durante os meses de janeiro e abril deste ano uma média de quatro mil pacientes por mês. Nos últimos meses, esse índice mensal aumentou para oito mil cidadãos, que recebem atendimento em diversas áreas.

De acordo com a diretora geral do hospital, Adriana Evangelista, os investimentos no corpo clínico foram determinantes para registrar o aumento. "Reforçamos a equipe com mais cinco profissionais de áreas diversas e também reorganizamos algumas escalas de plantão. Assim, conseguimos ampliar nossa capacidade de atendimento", afirmou, destacando que a unidade hospitalar possui pediatra, obstetra, clínico geral, ortopedista e anestesiologista de plantão 24 horas por dia.

Adriana afirmou que os serviços de obstetrícia representam uma parcela significativa no atendimento do hospital. "São realizados em média 200 partos por mês. Para atender a esta demanda, contamos com uma equipe especializada de obstetras, inclusive com profissionais que trabalham com a alta complexidade, o que nos traz resultados excelentes", disse a diretora.

A ortopedia é outro destaque na rotina de serviços do Hospital de Glória. Em média, por mês, são realizadas 900 consultas pela equipe de quatro ortopedistas que a unidade dispõe. "Temos um índice elevado de traumas nessa região. Para ter idéia, só no mês de julho foram 1.230 consultas para este serviço. Isso sem falar nos atendimentos de urgência", explicou o diretor clínico Luciano Passos, acrescentando que o hospital é referência em ortopedia para todo o Sertão e Baixo São Francisco.

Estrutura

O hospital dispõe de 63 leitos, distribuídos nas áreas de clínica médica, cirúrgica, pediátrica e obstétrica. "Além disso, temos o Centro Cirúrgico, três leitos para o pré-parto e uma sala de parto. Na Urgência e Emergência, dispomos de sete leitos para adultos e outros quatro são reservados para a pediatria. Aliás, essa foi uma mudança bastante elogiada pela população. Separamos os leitos de observação, onde anteriormente ficavam crianças e adultos num só espaço", reforçou a diretora.

Adriana Evangelista destacou também que o Laboratório de Análises Clínicas da unidade passou a funcionar em horário integral. "Antes, o horário de funcionamento não condizia com a proposta do hospital. Como atendemos também a urgências, precisávamos de um laboratório funcionando 24 horas por dia. O mesmo ocorre com os exames de raio-X e eletrocardiograma", garantiu.

"Também temos à disposição dos pacientes as especialidades de oftalmologia, cardiologia, ortopedia e cirurgias eletivas. Aliás, conseguimos aumentar de 20 para 30 o número de consultas semanais para os cardiologistas e oftalmologistas. No que se refere às cirurgias, com a contratação de um cirurgião geral estamos dando andamento à fila de espera que havia. É importante frisar que os pacientes estão sendo atendidos de acordo com o quadro clínico, sem qualquer interferência política como acontecia antes", acrescentou Adriana.

Abrangência

A diretora comentou ainda que, de acordo com a área de abrangência definida pela Secretaria de Saúde, a unidade hospitalar deveria atender cidadãos de 13 municípios. No entanto, o relatório de atendimento do hospital aponta, mensalmente, pacientes oriundos de mais de 20 cidades, incluindo municípios da Bahia e Alagoas. "Eles nos procuram não só pela proximidade, mas, sobretudo, pela qualidade dos serviços que são oferecidos", afirmou Adriana.

"Recebemos pacientes de Poço Redondo, Santa Rosa do Ermírio, Porto da Folha, São Miguel do Aleixo, Itabi, Ribeirópolis, Nossa Senhora das Dores, Monte Alegre, Canindé do São Francisco, Aquidabã, Nossa Senhora Aparecida e Muribeca, entre outros. Também atendemos com freqüência cidadãos de Cururipe, Delmiro Gouveia e Piranhas, em Alagoas. Da Bahia, a maior parte dos pacientes é oriunda dos municípios de Caetité, Feira de Santana e Pedro Alexandre", disse a diretora.