Hospital de Estância realizou 17 mil atendimentos até o mês de maio deste ano

O Hospital Regional de Estância realizou neste ano, até o mês de maio, mais de 17 mil atendimentos. A unidade, que é voltada para casos média complexidade, tem funcionamento 24 horas. Porém, 80% dos atendimentos são de casos de fácil solução, que poderiam ser atendidos na Atenção Básica. O Pronto Socorro atende pacientes de acordo com a classificação de risco, nas áreas de pediatria, ambulatório, clínica médica e cirúrgica. Os casos de cirurgias ortopédicas recebem o primeiro atendimento em Estância e, em seguida, os pacientes são encaminhados para o Hospital Regional de Lagarto ou Huse, a depender da complexidade.

“Nós trabalhamos com dois médicos clínicos, um pediatra e um cirurgião na porta de entrada. São profissionais voltados para os casos de urgência, porém, muitas vezes temos que ocupar o tempo com atendimentos simples. Para ilustrar isso, somente neste ano, foram atendidos 25 casos de crianças com piolho. Nós atendemos a tudo, já que somos uma unidade porta aberta, mas isso demanda tempo e, por isso, casos desse tipo deveriam ser solucionados na rede básica”, destaca a superintendente do Hospital de Estância, Patrícia Falcão.

Uma série de medidas está sendo adotada pela Fundação Hospitalar de Saúde para incrementar os serviços no hospital. Entre elas, está a abertura de mais leitos na unidade. No último dia 1º, foram abertos 15 novos leitos de Clínica Médica, e com a contratação de mais médicos, outros 15 leitos serão abertos.

“A partir de agora, a unidade terá uma rotatividade maior dos leitos, melhorando a qualidade na assistência. Os usuários com casos clínicos poderão ser avaliados aqui sem precisar de transferência. Estamos concluindo a fase de contratação dos outros diaristas. Precisamos ter um médico para cada 10 leitos. Ainda temos 25 leitos pediátricos para abrir e mais três salas do Centro Cirúrgico. Isso possibilitará o funcionamento do hospital por inteiro, agregando o fortalecimento da assistência na região”, destacou a superintendente do hospital, Patrícia Falcão.

Pediatria

A abertura dos leitos pediátricos irá possibilitar a melhoria do serviço. Durante o mês de junho, por exemplo, a unidade teve um aumento em quase 40% de casos de pediatria, por conta de mudanças climáticas e da fumaça gerada pelos festejos juninos.

“A proposta é de ter dois pediatras para fazer a porta e internamento e vamos buscar novos profissionais. Além disso, vamos fazer outro contrato com os pediatras que trabalham aqui e ampliar o horário de trabalho deles dentro do que é permitido. Os leitos já estão todos prontos e já convocamos todos os funcionários que haviam prestado o concurso”, revelou Patrícia Falcão.

A médica pediatra Maria Gabriela Barroso afirma que a demanda na pediatria sempre é grande.

“Nosso atendimento aumenta durante o mês de junho, mas o grande fluxo de pacientes é constante durante todo o ano. Temos muitos casos de rede básica, mas como há muitos casos de doenças respiratórias, o risco de complicar é muito maior e temos bastante atenção quanto a isso. Recebo muitos casos de pneumonia, mas que a princípio começaram como gripe. Como as mães não têm o acompanhamento necessário, isso acaba evoluindo facilmente. Chego a atender entre 60 e 80 crianças em um plantão do final de semana”, relatou a médica.

Números

O Hospital de Estância é equipado com um aparelho de Raio-X fixo e dois móveis, um serviço de telemedicina, ventiladores mecânicos, carrinho de anestesia. No laboratório da unidade foram realizados exames de 8.603 pacientes entre janeiro e abril deste ano. Também foram feitos 1.570 procedimentos cirúrgicos, 1.561 exames de radiologia e 570 atendimentos de urgência.

Com uma taxa de resolutividade de 97% dos casos, a unidade possui uma baixa taxa de transferência para outros hospitais, apenas 3% dos casos. Cerca de 37% dos pacientes são de Estância, outros 17% do municípios vizinho de Santa Luzia do Itanhy. Além disso, são atendidos muitos casos de usuários de Arauá, Cristinápolis, Umbaúba, Indiaroba, Tomar do Geru. Também chegam casos de pacientes de municípios baianos, como Rio Real, Jandaíra, Paripiranga, entre outros.