Gravidez na adolescência: mesmo proibido por lei, aborto ainda é uma prática comum
O maior problema, segundo ela, é quando as adolescentes buscam alternativas por si mesmas. Elas utilizam métodos caseiros indicados por amigas, objetos pontiagudos para atravessar o canal do útero ou remédios sem indicação médica. Os resultados são meninas com infecção e/ou hemorragia que procuram atendimento na rede pública de saúde. “O aborto é uma das maiores causas de mortalidade materna”, alerta Iracema. Toda prática de aborto pressupõe riscos. “Além dos imediatos, como hemorragias e infecções, há também o trauma psicológico”, alerta a psiquiatra Elaine Pereira Bida.
Realidade Brasileira
Apesar de a taxa de gravidez em mulheres adultas ter caído de 6 para 2,3 filhos para cada mulher, se compararmos dados da década de 40 com informações referentes ao ano 2000, o mesmo não acontece com as adolescentes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1980, o número de adolescentes grávidas entre 15 e 19 anos aumentou 15%. Só para se ter uma idéia de que isso significa, cerca de 700 mil meninas se tornam mães por ano no País. Desse total, 1,3% são partos realizados em meninas de 10 a 14 anos.
Prevenção
O índice de jovens que dizem usar camisinha chegou a 90% numa pesquisa realizada pela Unesco, que ouviu 16 mil estudantes em 14 capitais brasileiras. Mas oito, em cada dez deixam de fazê-lo quando o namoro fica mais estável. “O pensamento mágico de nada pode acontecer com os adolescentes, associado à liberdade que se tem hoje e à erotização na mídia faz com que as jovens iniciem sua atividade sexual cada vez mais cedo, sem preparo nenhum para assumir as conseqüências”, analisa a ginecologista Irecema Queiroz.
Clipping: Zine/A Gazeta de Cuiabá – MT[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]