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Equipes da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) visitaram os povoados Tabuleiro do Mendonça, em Salgado, Retiro e o assentamento Mocambo, em Santa Luzia do Itanhy, durante o último fim de semana. Foram discutidas diversas demandas, principalmente habitação.

Nos encontros são levantadas informações sobre as condições de vida, trabalho, saúde, as necessidades da população e as potencialidades locais. "Com estas informações, nós vemos como o Governo do Estado, através da Seides, pode trabalhar. As pessoas nos passam também demandas de outras secretarias, que são todas encaminhas para as pastas responsáveis", explicou Ana Lucia Menezes, secretária de Inclusão Social.

A secretária explicou às comunidades que o programa de habitação não se resume à aquisição da casa. "Nós temos que trabalhar a geração de renda, a segurança alimentar, sempre a partir do saber fazer deles, da realidade e das potencialidades locais, estimulando o crescimento individual e coletivo", disse Ana Lucia.

As equipes foram compostas pelos departamentos de Assistência Social e Habitação, Assessoria de Comunicação, Gabinete da Secretária, além da própria secretária, que sempre participa das atividades.

Tabuleiro

O povoado Tabuleiro do Mendonça, na cidade de Salgado, foi visitado na sexta, dia 20. Lá existem seis casas a serem concluídas pelo programa de erradicação das casas de taipa da gestão anterior. Além destas, já foram identificadas outras oito casas de taipa. Nas avaliações e vistorias das equipes da Seides, foi identificado que uma das seis casas cadastradas é de alvenaria. Segundo informações dos moradores, o dono não quis esperar o programa e tentou fazer a casa, que falta apenas acabamento.

"Esta casa não tem condições de ficar no programa, mas o dono será atendido. Vamos incluir uma das oito casas identificadas no lugar desta e vamos concluir a casa dele de uma outra forma", explicou a secretária Ana Lucia. A casa incluída foi escolhida pela própria comunidade, pois está em piores condições. É a de Jailma de Jesus Santos, 24 anos, três filhos (de 4, 5 e 7 anos de idade), estudou até a 4ª série e não tem emprego. Com dois filhos na escola, ela está inserida no Bolsa Família.

Dentre as possibilidades apontadas pela comunidade, estão as hortas, tanto comunitária, como a familiar. "Nós somos agricultores, é o que sabemos fazer de melhor", disse um dos moradores. Além disso, as mulheres fazem trabalhos em crochê para uso pessoal. "Podemos potencializar esta atividade para se tornar uma forma de gerar renda", disse a secretária Ana Lucia. Eles apontaram também a necessidade de uma casa de farinha.

Retiro e Mocambo

Em Santa Luzia do Itanhy, o encontro aconteceu na tarde do domingo, dia 22, no povoado Retiro. Além desta comunidade, os moradores do assentamento Mocambo também participaram da reunião. No Retiro, a comunidade de 12 casas não tem água encanada. É abastecida por uma cisterna, construída há 30 anos, que fica próxima à escola. Existem sete casas de taipa e uma delas está cedendo.

Segundo o presidente da associação de moradores, Oday José Gonçalo dos Santos, desde o ano 2000, eles vêm tentando executar um projeto de moradia para a comunidade, mas sem êxitos. "Vamos pegar todas as informações passadas hoje e avaliar. Eles nos passaram que já fizeram um contato inicial também com o Pronese. Vamos checar tudo, entrar em contato com o Pronese e ver de que forma podemos atuar", explicou a secretária. A comunidade demonstrou um grande potencial para culinária. "Tem uma senhora da comunidade que faz bolachinhas de tapioca maravilhosas, que se desmancham na boca", disse Oday. Além das bolachas, existe a produção de doces caseiros de frutas, como coco, abacaxi, acerola, cajá, jenipapo.

Os moradores do Mocambo informaram que as 40 famílias assentadas têm melhores condições de moradia, mas há a necessidade de ampliação para os filhos e netos. Foram feitas diversas solicitações, como biblioteca e computadores para o núcleo da escola municipal que funciona no assentamento e a construção de uma barragem no rio Palmeirinha para criação de peixe, pois, segundo os moradores, um tanque-rede pode sustentar até dez famílias.

A área do assentamento inclui uma reserva ambiental. "Muitas dessas reivindicações serão passadas para as outras secretarias para trabalharmos em conjunto. Podemos ver com a Adema, por exemplo, o que podemos aproveitar na reserva que possa servir para geração de renda. O jenipapo e cajá, que são nativos da região, podem ser usados para a fabricação de doces e polpa de fruta", disse Ana Lucia.

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