[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) anunciou na manhã desta quarta-feira, 12, em solenidade no auditório da Sociedade Semear, o plantio de exatas 12.941 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica nos municípios de Areia Branca, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão, Malhador, Siriri e Nossa Senhora das Dores no período de três anos, entre 2010 a 2012. A iniciativa, que promoveu a restauração florestal de nascentes e matas ciliares das sub-bacias dos rios Poxim, Cajueiros dos Veados e Siriri-Vivo é fruto da execução do Programa Preservando Nascentes e Municípios, que resultou em um investimento de cerca de R$ 2,5 milhões.

O sucesso da iniciativa, a qual assegurou a preservação dos cursos d’água com cercamento de áreas prioritárias para a recuperação ambiental, teve solenidade aberta pelo secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, e momento de celebração promovido pelo Coral da Emurb, sob a regência do maestro Sérgio Teles. As  ações do Preservando Nascentes e Municípios são coordenadas pela própria Semarh, e executadas, via contratação, pela Sociedade Semear em parceria com a Universidade Federal de Sergipe.

De acordo com os números apresentados por técnicos que executaram o projeto, somente no Poxim foi recuperada área de 12,9235 hectares, no Cajueiro dos Veados, 3,9824 hectares, e no Siriri-Vivo, exatos 1,2829  hectares. 

No Poxim, o maior número de propriedades contempladas com ações de restauração estão situadas na região do alto curso do rio, caracterizadas como de agricultura familiar, tendo como principais usos a pecuária extensiva e o cultivo de lavouras temporárias (mandioca e hortaliças).

Na região do médio curso do rio, as propriedades são de médio porte e o principal uso do solo é a pastagem e a pecuária extensiva, sendo que o cultivo de cana-de-açúcar também foi encontrado em uma propriedade.

Já no Cajueiro dos veados, as propriedades são caracterizadas como de agricultura familiar, onde a pastagem foi o principal uso do solo encontrado nas áreas que sofreram ações de restauração florestal. No Siriri-vivo, em todas as propriedades que foram realizadas ações de restauração os usos do solo encontrados foram a pecuária extensiva e a pastagem.

De acordo com o secretário Genival Nunes, um governo comprometido com os recursos hídricos e naturais é um governo consciente de seu dever com as presentes e futuras gerações, que prima pelo equilíbrio ambiental por meio de ações que garantam  a sustentabilidade.

“Os recursos hídricos são a vida deste planeta e é um bem infinito. Com essa visão,  preocupação e sensibilidade ante aos mananciais e rios do Estado de Sergipe, o  Governador do Estado Marcelo Déda buscou junto ao Banco Mundial (Bird) recursos financeiros da ordem de U$ 70,275 milhões destinados a aumentar a disponibilidade de água tratada para as populações da Bacia do Rio Sergipe”.

Genival Nunes frisou que a Semarh irá promover muito mais ações destinadas aos recursos hídricos do Estado, a exemplo de ação específica no aqüífero Marituba, manancial formado por águas subterrâneas de boa qualidade, com uma reserva que poderá produzir até 300 mil litros por hora em um único poço, quantidade suficiente para atender uma população de aproximadamente 25 mil pessoas.

Contemplações

Quanto ao Preservando Nascentes e Municípios, o secretário destaca que  além de garantir o plantio, o  programa contemplou o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental com as comunidades. Entre os envolvidos, os estudantes, lideranças comunitárias, proprietários rurais e professores, as quais receberam material informativo e educativo.

“Houve um entendimento muito satisfatório. Somente com o trabalho de interação com a comunidade, 725 pessoas envolvidas. Destas, 29 proprietários rurais   assinaram o termo de compromisso com o trabalho de recuperação das áreas e nascentes”, comemorou Genival a aceitação da comunidade envolvida.

O secretário da Semarh  destacou também  que o programa avançou ainda com a aquisição das estações hidrometereológicas, instaladas em mananciais situados nos povoados Cajueiro, em Areia Branca; Quissamã, em São Cristóvão e Mata do Cipó, em Siriri.  “Estes equipamentos foram adquiridos para o fornecimento de dados hidrológicos com capacidade para identificação de eventos críticos nos mananciais auxiliando os gestorse públicos para tomada de decisão”, disse Genival.

Viveiro

A fim de potencializar a produção de mudas, outra realização do projeto foi a celebração do Termo de Compromisso de Uso entre a Semarh e a UFS, com vistas para a melhoria da infraestrutura do Viveiro Florestal do Departamento de Ciências Florestais da UFS.

“Nessa ação adquiriu-se e instalou-se na UFS dois containers adaptados com um teclado que serão utilizados para potencializar as ações de produção de mudas, estudos e pesquisas voltados para o uso sustentável de recursos naturais com repetição de benefícios para a sociedade”, conta a superintendente de Biodiversidade e Florestas da Semarh, Valdineide Santana.

Segundo o coordenador geral de execução do programa, Waldson Costa, da Sociedade Semear, um dos momentos mais marcantes  foi a reciprocidade da comunidade com o objetivo do programa. “Razão da aceitação de 29 proprietários com o programa, onde em apenas uma propriedade particular era possível encontrar mais de uma nascente”, frisou.

Continuidade

Para garantir a manutenção das áreas em processo de recuperação ambiental a SEMARH desenvolverá ações rotineiras de monitoramento e manutenção das áreas plantadas, utilizando recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNERH), porem contando com o compromisso dos proprietários beneficiados, ou seja, os legítimos produtores de águas.

Participações

Participaram da apresentação dos Resultados da Execução do Programa Preservando Nascentes e Municípios-período de 03 anos, e ainda em seguida, da Posse dos Membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Sergipe, Piauí e Japaratuba, e dos Membros do Conselho de Recursos Hídricos de Sergipe, o promotor do Ministério Público, Eduardo Matos, a professora representante da Universidade Tiradentes, Ester Villas Boas, o professor representante da Universidade Federal de Sergipe, Antenor Aguiar, os presidentes dos comitês de bacias hidrográficas do Estado, Luis Carlos Sousa (Piauí), Rosa Cecília(Japaratuba), e Manoel Messias(Sergipe); o presidente da Semear, Carlos Brito, os superintendentes da Semarh, Valdineide Santana e Ailton Rocha, e o professor representante do Instituto Federal de Sergipe, Lício Valério Lima.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.