Governo investe em segurança e compra fuzis calibre 556 para a PM
Segundo informações do secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, os fuzis existentes atualmente na Polícia Militar do Estado foram recebidos através de doação feita pelo Exército Brasileiro, com calibre 7.62, ou adquiridos, no início da década de 90, por meio de uma guia de importação elaborada pela própria PM.
Ao todo, o Governo Estadual estará investindo, até o final deste ano, mais de R$ 3 milhões na aquisição de 50 fuzis calibre 556; 500 pistolas ponto 40; dez metralhadoras portáteis; dez carabinas ponto 30 e 25 carabinas ponto 40, além de 540 algemas de aço, sendo 500 unidades tipo punho e 40 do tipo tornozelo; 50 pacotes contendo, cada um, dez algemas descartáveis e 670 coletes balísticos.
Nos últimos três anos, a SSP esteve impedida de comprar qualquer tipo de arma, dada a falta de atualização do plano de dotação do material bélico. Todo o armamento utilizado pela Polícia Civil, por exemplo, embora fosse pago com verba da Secretaria da Segurança, tinha que ser obtido pela Polícia Militar, que possui vinculação histórica e legal com o Exército.
“Agora estamos pela primeira vez comprando arma pela Secretaria. Uma das prioridades do secretário Kércio Pinto era atualizar o plano para aquisição de material bélico, para que fosse autorizada a compra. Após aprontarmos nosso projeto, era preciso informar ao Exército quantas armas ao longo do tempo foram se tornando obsoletas ou quantas se danificaram, o que até então não tinha sido feito. Tínhamos, por exemplo, no plano de dotação, 200 metralhadoras doadas no início de década de 90, que eram calibre 45 e foram transformadas para 9 milímetros. Essas armas se tornaram antiquadas, mas tal informação não foi oficialmente repassada para o Exército, onde constava que tínhamos estas metralhadoras. É por isso que o Exército não liberava a compra do material”, explica o delegado Jocélio Fróes, diretor do Setor de Armas da SSP.
O plano estava tão desatualizado que constava também no Exército que a SSP tinha mais revólveres que policiais civis. As armas acabavam sendo devolvidas para destruição, mas o quadro de dotação não era ajustado no decorrer dos anos. O problema foi resolvido no final do mês de agosto, abrindo perspectiva de melhoria para a atividade do profissional que fica na linha de frente no combate à violência. Com a iniciativa de Kércio Pinto, a previsão é de que, no início do próximo ano, cada policial tenha uma arma a sua disposição.
O tempo entre a autorização para compra e a concreta aquisição das armas por parte dos policiais é necessário porque o material precisa passar por alguns procedimentos técnicos de segurança, incluindo numeração diferenciada e gravação da marca da SSP no ferrolho e em outros cinco locais da arma, além da confirmação ao Exército a respeito da compra. Também está sendo instalado um software que possibilita o cadastro digital e o acompanhamento da vida útil de todas as armas de fogo que existem na Polícia de Sergipe. Até então, todo o controle de armamento tem sido feito manualmente.
De acordo com o delegado Jocélio Franca Fróes, a Polícia de Sergipe é uma das poucas no Brasil que tem autorização para comprar até 100 carabinas ponto 40 e até 60 carabinas ponto 30. A quantidade de material a ser comprado este ano pela SSP não chega ao total das suas possibilidades, já que, no orçamento elaborado na administração anterior, não estava previsto recurso para tais aquisições. Em contrapartida, já que a autorização do Exército tem prazo de um ano, o restante das armas poderá ser comprado até o segundo trimestre de 2008, com novos investimentos do Governo do Estado nas polícias Civil e Militar.
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- Governo investe em segurança e compra fuzis calibre 556 para a PM – Foto: Reinaldo Gasparoni/SSP
