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Representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec) estiveram reunidos na última quinta-feira, 15, com membros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir estratégias de incentivo às atividades do Arranjo Produtivo Local (APL) de apicultura. Um dos pontos debatidos durante o encontro foi a possibilidade de o banco financiar projetos na área.

Pela manhã, na sede da Sedetec, os integrantes do BNDES tiveram a oportunidade de obter informações sobre o desenvolvimento da atividade apícola no Estado com representantes da Federação Apícola de Sergipe (Fapise) e da Cooperativa Apícola de Sergipe (Cooapise). Também foram discutidas na reunião algumas demandas que constam no Plano de Desenvolvimento do APL, coordenado pela Sedetec. Como o órgão há havia estabelecido parcerias com o banco em outras áreas, surgiu então a oportunidade de discutir melhorias para os produtores de mel sergipanos.

“Procuramos mostrar ao BNDES as oportunidades de investimentos na apicultura, tanto no Alto Sertão, quanto nos outros territórios. Esperamos que a partir dessas discussões possam surgir novas parcerias para fortalecer todas as cadeias de APLS no Estado”, destacou as técnicas do Departamento Técnico da Sedetec, Sílvia Matos e Débora Fontes.

Visitas

À tarde, a comitiva visitou dois importantes polos apícolas sergipanos. A primeira delas foi realizada no povoado Queimada Grande, localizado no município de Poço Redondo. A cidade, que apresenta um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de Sergipe, está estrategicamente localizada dentro do território do Alto Sertão, mas enfrenta dificuldades para comercializar a produção por conta da falta de certificações estadual e federal dos produtos.

No local, foi construído um entreposto para receber o mel extraído pelos apicultores da região, mas há a necessidade de novos investimentos para torná-lo apto a processar, armazenar e comercializar o produto. Os municípios do Alto Sertão produzem cerca de 60 mil toneladas de mel por ano, parte delas comercializada junto às prefeituras para utilização na merenda escolar. Atualmente, toda a produção é processada no município, em Aracaju e em poucas casas de mel do território, o que encarece o preço final do mel.

“O que buscamos é o apoio das entidades para conseguir adequar o nosso prédio às exigências dos órgãos de fiscalização. Temos uma cadeia produtiva formada e organizada, mas que não consegue se desenvolver porque os nossos produtos não possuem os selos de inspeção exigidos pelo mercado. O entreposto tem capacidade para processar até 670 mil toneladas de mel, mas encontra-se impedido de realizar esse processo”, salientou o apicultor Roberto Araújo.

Apoio

A analista do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Shanna Lima, informou aos apicultores que a instituição pode apoiar esse tipo de iniciativa, mas que para isso é necessário que os produtores elaborem um projeto que atenda a todos os requisitos exigidos pelo órgão. 

“O banco tem interesse em incentivar atividades que promovam o desenvolvimento de forma sustentável. Percebemos que a apicultura ocupa um papel importante na geração de emprego e renda nessa região e queremos trabalhar junto a essas pessoas. Agora, é preciso que todos os produtores estejam articulados e criem uma proposta demonstrando a viabilidade econômica e ambiental da atividade”.

Porto da Folha

Em seguida, os representantes das duas instituições conheceram a Casa do Mel, localizada na cidade de Porto da Folha. O prédio foi construído em 2006 com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e processa o material extraído pelos apicultores do município. Assim como em Poço Redondo, eles enfrentam o problema da falta de certificação para os produtos.

O desejo dos produtores é que o banco possa financiar o projeto de readequação do prédio. De acordo com Shanna Lima, a proposta pode ser encaminhada ao banco para avaliação. “A apicultura sergipana encontra-se em um importante estágio de desenvolvimento, necessitando de apoios pontuais para melhorar a produção. O BNDES tem condições de atuar, inclusive em parceria com outros órgãos, para viabilizar essas ações.

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