Governo do Estado inaugura Base do Samu em Salgado
Na noite desta sexta-feira, 4 de outubro, o governador em exercício, Jackson Barreto inaugura a Base Descentralizada do Samu que irá funcionar no município de Salgado. A unidade irá atuar com uma Unidade de Suporte Básico que integrará a rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
“O funcionamento dessa Base Descentralizada representa um investimento de R$600 mil por ano, o que representa R$50 mil, por mês. Isso só falando do custeio do Estado, além do investimento na parte estrutural da unidade, resultado da parceria na manutenção com a Prefeitura Municipal. Lembrando que somente a despesa do Governo é quase 4 vezes maior do que o valor que recebe do Ministério da Saúde para a Base”, explica Marcelo Vieira, diretor geral da Fundação Hospitalar e Saúde.
Para funcionamento da Base do Samu de Salgado, o Governo assume os custos com as equipes, a ambulância, mobiliário, despesas com combustível, material médico-hospitalar, manutenção da viatura. Com a parceria com a Prefeitura, o município ajuda nos custos com aluguel do imóvel, água, luz, telefone e segurança.
Com o objetivo de prestar socorro à população em casos de urgência e emergência, o Samu foi criado no ano de 2002 em Aracaju e, em 2006, passou a prestar assistência em todo o território sergipano, através da Política Nacional de Atenção às Urgências. Segundo Silas Lawley, superintendente do Samu 192 Sergipe, no início, o serviço se limitava-se apenas a atender demandas ocorridas na capital, na região da Grande Aracaju e nas rodovias federais e estaduais. Hoje, o Samu garante o atendimento em todas as regiões de Saúde do estado, com suas 36 bases descentralizadas.
“Ao ligar gratuitamente para o 192, o cidadão é atendido pelo Técnico Auxiliar de Regulação Médica (TARM) que, depois de colher alguns dados como endereço, ponto de referência, nome e número do telefone do solicitante e o tipo de ocorrência, o direciona ao médico regulador, que faz as primeiras orientações, enquanto uma Motolância ou uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou uma Unidade de Suporte Avançado (USA) é direcionada ao local solicitado, quando necessário. Depois do primeiro atendimento, a depender da complexidade do caso, encaminhamos o paciente para unidade de saúde mais adequada”, explica.
O Samu 192 Sergipe é modelo para todo o país e oferece 100% de cobertura territorial. Em 26 de março de 2012, o serviço foi unificado e desde então conta com uma central única para atender todas as demandas do Estado.
“Por se tratar de um atendimento de urgência e emergência, o Samu deve ser solicitado apenas para casos como problemas cardiorespiratórios, intoxicação, crises convulsivas, acidente vascular cerebral, acidentes com produtos perigosos, queimaduras graves, trabalhos de parto onde haja risco para mãe ou para o feto, tentativas de suicídio, acidentes automobilísticos com vítimas, afogamentos, choques elétricos, etc. Durante o contato, o médico regulador orienta e/ou designa o envio de uma USB ou da USA de acordo com a gravidade do caso”, reforça Silas Lawley.
O superintendente ressalta ainda que, “além da Central de Regulação Médica das Urgências em Aracaju, o serviço conta com 36 bases descentralizadas, onde ficam as ambulâncias que garantem a agilidade nos atendimentos e mais qualidade de vida ao paciente que sofreu algum agravo a saúde, seja um trauma devido a acidentes ou uma patologia clínica”.
Atendimentos
De janeiro a agosto de 2013, o Samu 192 Sergipe registrou mais 119 mil chamadas e vem trabalhando junto à redução índice de trotes desde a sua criação, há sete anos. No mês de agosto, foram 15.517 chamadas, sendo 2.147 trotes. No mesmo período do ano passado, foram registrados 15.805 atendimentos sendo que, destes, 3.829 eram trotes.
De acordo com o gerente de Educação Permanente (NEP) do Samu, apesar dos índices permanecerem altos, a redução tem que ser enfatizada. “As chamadas falsas prejudicam muito o atendimento aos pacientes que realmente necessitam. O trote é desrespeito à vida. Todos devem saber que o trabalho desenvolvido pelos profissionais desse serviço é complexo e precisa ser feito no menor período de tempo possível, para que obtenha êxito. Um trote pode representar a possibilidade de não se conseguir salvar uma vida”, ressaltou.
“O trote pode ser uma brincadeira de mau gosto ou mesmo uma agressão verbal pelo telefone. Além do alto custo para deslocar uma Unidade de Suporte Básico ou Avançado (UTIs móveis) até o local solicitado, o trote provoca o desgaste do profissional regulador e atrasos nos atendimentos reais, o que pode contribuir para o agravamento da doença ou até mesmo a morte do paciente que realmente precisa do atendimento”, enaltece Silas.
Do ano passado até agora, o Governo de Sergipe renovou a frota do Samu. Todas as viaturas têm por objetivo aumentar a qualidade da assistência e proporcionar melhores condições de trabalho e segurança aos profissionais de saúde e usuários. Além disso, as novas ambulâncias estão permitindo a redução de custo com manutenção, oferecendo mais conforto aos usuários e às equipes de socorristas.
“A equipe do Samu Sergipe é uma das mais habilidosas e eficientes do país, do ponto de vista da educação permanente. Na capital, a média de tempo resposta é de 11,57 minutos e no interior 13,23 minutos. Nosso Samu é um exemplo e está sempre de prontidão. Trabalhamos para manter a marca da dignidade, da honradez e da seriedade desse serviço e de toda a equipe de profissionais”, comemora Marcelo Vieira, diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde.
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