Governo debate enfrentamento à violência contra mulheres e adolescentes
A secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), promoveu nesta terça-feira, 19, a Oficina Intersetorial de Fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres e Adolescentes. O encontro contou com o apoio das secretarias de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social (Seides), da Segurança Pública (SSP), da Justiça e da Cidadania (Sejuc), do Turismo (Setur), de Políticas para as Mulheres e dos Direitos Humanos – além do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O objetivo central do encontro, que aconteceu no auditório do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), foi integrar as ações entre as secretarias e órgãos que fazem parte da Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres e Adolescentes. Para o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, a Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres e Adolescentes é uma maneira integrada e articulada do Governo de Sergipe promover proteção e assistência às vítimas.
“A gente tem que pensar de que modo nós, enquanto Estado, vamos integrar os potenciais de cada setor para não apenas realizar ações de recuperação e atenção para as pessoas depois da tragédia ocorrida. Temos que pensar em como vamos promover uma sociedade não violenta”, afirmou o secretário.
Já a secretária Extraordinária de Políticas para a Mulher, Maria Teles, destacou as políticas públicas desenvolvidas especialmente para as mulheres como um avanço para nossa sociedade e ressaltou a violência como um atraso. “Há um descompasso entre a nova postura que a mulher assumiu na sociedade e a mentalidade do homem, que é resultado de uma cultura machista que determina a propriedade sobre a mulher. O instrumento que muitas vezes eles têm para reverter essa situação é a força”, argumentou Maria Teles.
Avanços
De acordo com a gerente de Proteção Especial da Seides, Cláudia Cardoso, avanços na Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres e Adolescentes de Sergipe já pode ser notados.
“Podemos destacar que no início de 2008 tínhamos 13 centros especializados de atendimento às vítimas. Hoje, contamos com 36, além da ampliação de atendimento no Instituto Médico Legal (IML) para flagrantes de violência sexual, os números criados para denúncia, os serviços prestados pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, entre muitos outros”, disse a técnica da Seides.
A SES na Rede de Enfrentamento
A SES – por meio da Diretoria Estadual de Atenção Básica – possui o Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher e o Adolescente. É através deste núcleo que a Saúde se integra à Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres e Adolescentes.
Dentro da Rede, a Saúde acumula duas principais funções na integração para assistência à vítima de violência sexual. A primeira função é o auxílio à saúde da mulher ou adolescente que sofreu violência sexual. A segunda diz respeito à produção de informação em saúde sobre o tema. O coordenador do Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e o Adolescente, Luiz Cláudio Barreto Soares, explica que a SES possui um centro de referência para atender essas mulheres.
“Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que o centro de referência para as vítimas de violência, as mulheres, adolescentes e crianças recebem atendimento médico e de enfermagem para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Além disso, as vítimas são acompanhas por psicólogos tanto na unidade de referência, quanto no ambulatório de psicologia da Maternidade Hildete Falcão”, explicou Luiz Cláudio.
Quanto à segunda função, o coordenador disse que a Saúde faz a quantificação e qualificação dos casos. “Nós fazemos o estadiamento, identificação do tipo de caso por grupo e idade. Também fazemos a promoção da saúde e cultura da paz em conjunto com os outros setores”, concluiu.
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- Antônio Carlos Guimarães