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Nos últimos meses, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), adotou um novo modelo de gestão de frotas e, assim, conseguiu reduzir o consumo mensal de combustíveis de 760 mil para 621 mil litros. Trata-se de uma economia de 18,28% no consumo e de R$ 300 mil no gasto, adquirida graças à nova sistemática.

Com o uso de novas tecnologias, como a ferramenta da web e cartões magnéticos, as principais organizações privadas e públicas de todo o Brasil já utilizam o modelo de controle de frota. Isso porque ele oferece ao gestor uma gama variada de pontos de abastecimento, além do máximo de informações e estabelecer parâmetro de uso sobre cada unidade veicular.

Após analisar a utilização do sistema já adotado em inciativas privadas e administração pública dos grandes centros urbanos, o secretário Oliveira Júnior, da Seplag, explica que o Governo do Estado decidiu aplicá-lo, inicialmente em caráter de teste com a primeira empresa licitada, a Ecofrotas, na frota governamental. No entanto, nova licitação está em andamento e existem pelo menos outras cinco grandes fornecedoras da tecnologia de gestão de frotas oferecendo produtos similares.

“No antigo modelo de abastecimento, comprávamos combustível diretamente da fonte, mas tínhamos o ônus com a administração de pontos de abastecimento, que eram 11, distribuídos pelo Estado. Além disso, havia o custo financeiro e a perda de tempo com grandes deslocamentos dos veículos para abastecimento”, descreveu o secretário.

Com o novo contrato, a administração pública obteve vantagens em diversos aspectos, além da própria economia. Um deles incide diretamente na distribuição e no abastecimento, pois disponibiliza uma rede de 62 postos privados no Estado, além de uma quantidade suficiente de outros pontos espalhados por todo o país. “É, portanto, impossível que a frota fique desabastecida porque sempre haverá um posto apto para atender às necessidades dos veículos oficiais do governo. No antigo modelo, eram comuns problemas operacionais nos postos”, relata subsecretário de Administração e Logística, Walter Lima.

Sistema de controle

Além da atividade-fim que é o abastecimento da frota, ficou estabelecido também, nas requisições da licitação, que a empresa contratada deve fornecer um sistema completo de monitoramento e controle do uso dos veículos e do combustível. Já como resultado do primeiro contrato, o com a Ecofrotas, foi disponibilizado para os gestores das frotas o acesso a um software online com todos os dados de utilização dos meios de transporte.

“Cada carro, moto, ônibus, van e até máquina de terraplanagem utilizada pela DER possui um cartão magnético da bandeira da empresa contratada e cada motorista detém um usuário e senha para passa-lo no ato do abastecimento. Na mesma hora, vão para o sistema as informações do volume de combustível (capacidade do tanque) depositado, a quilometragem e do valor pago. Após um novo abastecimento, já é informado quantos quilômetros por litro o carro roda, o intervalo de tempo de consumo, o valor médio do litro de combustível, entre outros”, revela o superintendente geral de Compras Centralizadas, Aristides Neto.
E os dados levantados servem como base para um instrumento de controle oferecido pelo sistema: a parametrização do quanto se pode consumir. Dessa forma, o gestor de uma determinada frota pode estabelecer, por exemplo, o valor mínimo e máximo do litro de combustível que o motorista pode comprar, o volume mínimo e máximo, além de marcadores de tempo, quilometragem e até localização geográfica do posto a se abastecer. Ou seja, se o responsável pelo carro acabar colocando mais combustível mais do que o estabelecido pelo sistema, o cartão magnético é rejeitado como pagamento, evitando assim desvios e mau uso.
Apesar de já fornecer informações-chave para a administração eficiente da frota, a licitação que está em andamento prevê ainda uma evolução no sistema. “Em breve, o software poderá inclusive ser disponibilizado na internet para que a própria população possa ajudar a fiscalizar o uso de veículos do Estado. A empresa será obrigada a anexar fotografias dos veículos em ato de abastecimento e até mesmo os veículos com placas de segurança são identificados e controlados”, complementa Oliveira Júnior, secretário.
Economia na prática
Para se ter uma ideia do impacto dessa nova sistemática, basta fazer um comparativo entre os três últimos meses desse ano e o mesmo período do ano passado, tomando como base as seis unidades que mais consomem: Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
Mesmo trabalhando diuturnamente no policiamento ostensivo da capital e do interior e sem diminuir a frota, a PM conseguiu reduzir o consumo de 16 mil litros de gasolina entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011. Na mesma linha de redução e durante esse mesmo período, a Polícia Civil economizou 23 mil litros de gasolina, apesar de contar com uma das maiores frotas do Estado, que envolve cerca de 500 veículos.
Para o chefe do Departamento de Transporte da Polícia Civil, Luiz Henrique Simões, a economia se deve à agilidade no controle, além da redução do percurso para abastecer. “Hoje, contamos com postos abertos 24 horas por dia, podemos parametrizar para abastecer nos mais baratos e o melhor é que o carro não precisa percorrer uma longa distância para ser abastecido. Antes, o veículo lotado em Neópolis precisava ir à Propriá para ser abastecido, o que já causava um grande consumo de combustível”, relata Luiz Henrique.
Na Sefaz, houve outro registro significante de economia. Em fevereiro de 2011, foi registrado o consumo de 40.968 litros de combustível, enquanto que no mesmo mês de 2012 foram utilizados apenas 25.636 litros. Já na DER, o consumo baixou de 15.937 litros de gasolina em janeiro de 2011 para 10.674 litros em janeiro de 2012. Por sua vez, a Secretaria de Estado da Educação, reduziu o gasto de 40.968 litros de combustível em fevereiro de 2011 para 28.076 em fevereiro de 2012.
“O principal alvo da economia foram os carros de uso administrativo, que transporta o pessoal da administração da secretaria a trabalho. Ou seja, não prejudicou o fornecimento do serviço de transporte escolar para a população”, aponta Jurandir Cavalcante, chefe do setor de transporte da Seed, que administra uma frota de 149 veículos.

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