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Mal o dia começa no município do Poço Verde e a trabalhadora rural, Ana Maria, está ordenhando as cabras em um aprisco construído no seu próprio terreno. De lá, o leite recolhido é levado para uma pequena fabriqueta de beneficiamento onde será esterilizado para ser vendido in natura ou transformado em outros subprodutos como iogurte, queijo e doces. Assim como Ana Maria, outros produtores do Grupo de Criadores de Caprinos da Cacimba Nova recolhem litros e mais litros de leite diariamente.

Ela conta que são produzidos mensalmente 900 litros de iogurte de leite de cabra, embalados em saches totalizando 5 mil saches por mês. Os produtos chegaram a ser destinados à merenda escolar por meio do Programa de Alimentação Escolar (Pnae), e às instituições de assistência social através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A trabalhadora rural Ana Maria é apenas uma das 751 famílias beneficiadas com a aquisição de matrizes de caprinos e ovinos pelo Governo do Estado, através da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.

Dados apresentados pelo presidente da Pronese, Manoel Hora, dão conta de que 31 comunidades rurais sergipanas, em 14 municípios, foram beneficiadas com aquisição de caprinocultura e ovinocultura. “Para se ter uma noção, a Pronese investiu R$ 2.246.752,00 na realização desses projetos. O presidente acrescentou que “grande parte destes projetos foi para as áreas de assentamento, muitos deles coordenados por grupo de mulheres chefes de família. “Com essa atividade produtiva, elas ajudam a aumentar a renda familiar, trazendo melhorias à qualidade de vida”.

“O Governador Marcelo Déda e agora o governador em exercício Jackson Barreto criaram as condições para que a Pronese pudesse atender aos grupos de pequenos produtores aplicando recursos públicos para melhorar a qualidade do rebanho de caprinos e ovinos”, acrescentou Manoel.

Preferência pelos ovinos

A preferência dos produtores sergipanos é pela produção de ovinos. Das propostas apresentadas pelas associações de produtores, 23 foram para a ovinocultura, onde a Pronese investiu R$ 1.730.010,08 e 7 para a caprinocultura, onde foram aplicados R$ 516.742,22. Estes investimentos seguem uma tendência produtiva estadual que pode ser observada nos dados do senso pecuário do IBGE de 2011, quando apresentou um rebanho estadual de 168 mil cabeças de ovinos e 19 mil cabeças de caprinos.

Parceria leva ao manejo nutricional

Além de buscar apoio do governo para a compra de animais, os produtores buscaram parcerias, a exemplo do que ocorreu com a ONG Cultivar que com o apoio da Embrapa realizou o curso de manejo nutricional para os produtores de ovinos do povoado Massaranduba, em Nossa Senhora das Dores. De acordo com a presidente da ONG Cultivar, Delúcia Sobral, o curso de manejo tem como objetivo capacitar pequenos produtores de ovinos, discutindo as vantagens e desvantagens dessa prática, além da importância da produção e conservação estratégica de forragens, principalmente nos período de seca.

Para Delucia ,”os associados beneficiados com o projeto aumentaram e melhoraram o plantel ovino, todos eles incrementaram a sua produção de forragens e fizeram benfeitorias nas suas propriedades. Aqueles que tiveram mais dificuldade com a estiagem, reduziram o rebanho, mas continuam na atividade, e, com as chuvas de julho, investiram na formação de alimentos para os ovinos através do plantio de milho, alguns formaram banco de proteína com leguminoso gliricídia, orientado pela Embrapa e estão entusiasmados com a atividade”.

 

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