Governo apóia multiplicação de sementes de mandioca

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) vai apoiar a implantação de um programa de multiplicação de manivas-sementes de mandioca em Sergipe. Um dos objetivos é absorver o trabalho de agricultores familiares, ampliando o leque de opções para a utilização da mandioca. A Seagri prestará apoio efetivo à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) em Sergipe, no trabalho de multiplicação de plantas extremamente produtivas já pesquisadas.

O secretário Paulo Viana apóia o trabalho que a Embrapa realiza am Nossa Senhora das Dores, onde estão sendo montadas estufas para a produção rápida das manivas-sementes de mandioca. O engenheiro responsável Nicolau Shaum é um dos responsáveis por esse trabalho. Os serviços avançam em melhoria técnica, comparando-se às unidades piloto implantadas no Ceará.

Paulo Viana ressaltou o quanto é possível ampliar radicalmente o número de sementes-manivas. No sistema tradicional, o fator de multiplicação por hectare/ano chega em torno de 100 a 400 estacas/planta/ano de 20 centímetros cada. No sistema de produção rápida, a multiplicidade chega em torno de 1.600 a 6.400 estacas/planta/ano, de duas gemas. Esse processo é constituído pelas etapas ‘Câmara de Propagação’, ‘Área de Enraizamento’, ‘Área de Adaptação e Resumo’.

"A capacidade de produção de mudas com área de adaptação de 60 metros quadrados é de seis milmudas num período de 97 dias. Até 12 meses, produzirá entre 60 mil a 120 mil sementes-manivas de 20 centímetros, o que equivale a uma área de plantio de seis a 12 hectares".

Produção

Os técnicos da Seagri estão pesquisando em outros Estados alternativas variadas que possam absorver os altos índices de produção e produtividade, assim como mercados potencialmente compradores. Inclui-se no aproveitamento da mandioca também a produção de biocombustível.

A unidade que está sendo montada na estação da Embrapa, em Nossa Senhora das Dores, servirá de escola para difusão de tecnologia, com o objetivo de expansão ao nível de campo e não simplesmente um setor de produção de mudas.

Segundo o agrônomo da Embrapa Nicolau Shaum, os custos de produção estão sendo estudados. "Conforme a experiência da implantação de uma unidade com as mesmas condições, em outro Estado, o custo estaria em torno de R$ 10 mil, composto de oito câmaras de propagação. A previsão de instalação da unidade é de 10 dias", concluiu.