Governo adota medidas para tratamento de lixo hospitalar
Desde o mês de abril, quando o Estado assumiu novamente o comando dos hospitais de Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana, Ribeirópolis e Nossa Senhora da Glória, essas unidades de saúde vêm passando por uma série de mudanças que refletem positivamente na qualidade dos serviços ofertados. Uma das importantes medidas adotadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) se refere ao tratamento e destino do lixo hospitalar, em especial dos resíduos infectantes, que agora são recolhidos por uma empresa especializada.
Anteriormente, a coleta era realizada sem qualquer critério, e os resíduos, na maioria dos casos, levados para incineração em lixeiras a céu aberto. Um exemplo disso podia ser observado no Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno, em Itabaiana, de onde todo o lixo hospitalar, inclusive os resíduos infectantes, seguiam para a lixeira localizada na rodovia de acesso ao município de Ribeirópolis.
O coordenador da Atenção Hospitalar da SES, Gilberto Santos, classifica a mudança como uma medida imprescindível. "Se não receberem manejo adequado, os dejetos gerados por unidades de saúde representam um grande perigo, tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente", disse Gilberto. Bolsas de sangue, seringas, agulhas, curativos, lâminas de bisturis, material radioativo e até membros humanos amputados são alguns dos resíduos sólidos que possuem destino diferenciado.
Segundo Mirtes Noronha, coordenadora de higienização do Hospital de Itabaiana, a coleta do material infectante naquela unidade hospitalar acontece três vezes por semana. "No entanto, no dia-a-dia do hospital, faz parte da rotina de todos os profissionais a distinção entre esses resíduos e o lixo comum. Fazemos isso utilizando lixeiras diferenciadas por cores, azuis e brancas. Assim, afastamos o risco de infecção hospitalar", afirmou a coordenadora.
Normas
As regras para o descarte dos resíduos de serviços de saúde estão dispostas na Resolução 306, de dezembro de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Se os resíduos são depositados de acordo com as normas, teremos um forte impacto na redução de riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho, na saúde do trabalhador, no meio ambiente e da população em geral. Esta ação do Governo, na prática, corrige omissões e equívocos históricos", garantiu Antônio Pádua, coordenador da Vigilância Sanitária estadual.
De acordo com a gerente da Removedora de Lixo (Remolix), Olívia Fraga, todo o processo de trabalho da empresa segue as orientações dos órgãos de limpeza urbana e vigilância sanitária. "No que se refere à disposição final dos resíduos, existe uma vala séptica localizada no aterro controlado da Terra Dura, de responsabilidade da Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju. O local é previamente preparado para receber os detritos", explicou Olívia.
Além dos hospitais de Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora do Socorro e Nossa Senhora da Glória, a Remolix também recolhe os resíduos infectantes da Maternidade Hildete Falcão Baptista, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) e do Instituto de Promoção e Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde).
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Governo adota medidas para tratamento de lixo hospitalar – Foto: Wellington Barreto