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* Matéria atualizada às 12h01 desta sexta-feira, 10/12.

“Uma data histórica para a educação e para a saúde no Estado de Sergipe”. Assim o governador Marcelo Déda definiu a importância da aprovação, por unanimidade, do curso de Medicina no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) de Lagarto pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). O governador fez a afirmação durante uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 9, no Palácio de Veraneio, ao lado do reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho, do vice-governador e secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, do prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, e da secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, dentre outras autoridades.

Diferente do que foi divulgado anteriormente, o curso de Odontologia, que também necessita de parecer favorável do CNS para entrar em funcionamento, ainda não foi apreciado pelo conselho. A reunião ainda não tem data marcada. No que se refere ao curso de Medicina, o assunto entrou na pauta do CNS na manhã desta quinta e todo o Pleno do conselho decidiu seguir o voto da relatora Maria Helena Machado, que em outubro deste ano, na companhia de outros membros da entidade, fez uma visita técnica a Sergipe para conhecer a estrutura do campus.

Em seu parecer, a conselheira, que é coordenadora da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos do CNS, colocou como um dos pontos fundamentais para o voto favorável à implantação do curso a integração entre a UFS, o Governo do Estado e o município de Lagarto, bem como entre os entes estaduais, que no caso correspondem às secretarias de Estado da Saúde (SES) e do Planejamento (Seplan).

A criação do Campus da Saúde em Lagarto resulta da parceria entre Governo do Estado e Universidade Federal de Sergipe. Para implantação, serão investidos R$ 54.882.000,00, sendo metade (R$ 27.441.000,00) oriunda do Governo Federal e a outra metade do Estado.

Ao todo, serão oito cursos de graduação ofertados no novo pólo de ensino: Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia, Terapia Ocupacional, Medicina e Odontologia. Para os seis primeiros cursos, a UFS realizou vestibular neste mês de dezembro. A abertura de processos seletivos para os dois últimos (Medicina e Odontologia) depende da aprovação do CNS.

Estratégia

Segundo o governador Marcelo Déda, um dos pontos centrais da política de saúde é justamente promover as condições para formar mais profissionais de saúde e, sobretudo, para viabilizar a localização destes profissionais no interior. “Na nossa estratégia, a criação de um campus de saúde no interior de Sergipe, no município de Lagarto era fundamental”, revelou o governador.

“Nós enfrentamos hoje um problema grave, quando há uma grande demanda por certas especialidades e poucos profissionais para atender tanto o setor público quanto o setor privado. O que queremos é que esse curso de Medicina em Lagarto, além de ampliar o número de médicos formados em Sergipe, interiorize a formação médica e crie oportunidades para que esses profissionais tenham o seu diploma e permaneçam prestando os seus serviços profissionais no interior”, contextualizou o governador.

“Esta é uma das mais importantes notícias da história da educação e da saúde em nosso estado. Este campus não beneficiará apenas o município de Lagarto, pois todo o estado será beneficiado além da região centro-sul”, sentenciou Déda.

Parceria

A unidade provisória do campus já vem passando por reforma para acolher os universitários. “Recebemos com muita alegria o parecer do Conselho Nacional de Saúde autorizando a criação de 50 vagas para Medicina em Lagarto. O parecer foi amplamente favorável, onde os técnicos destacaram a articulação perfeita entre a universidade, o Governo do Estado e o município de Lagarto”, ressaltou o reitor da UFS.

“A partir do vestibular 2012, que será realizado em 2011, já iremos ofertar o curso de Medicina, completando a proposta de implantação desse campus”, anunciou Josué Modesto dos Passos Subrinho.

Rede de saúde

Desde a sua concepção, o projeto do campus de Lagarto sempre levou em conta a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), através de uma rede de serviços que contempla desde a atenção básica até a atenção hospitalar de média complexidade. Desse modo, o Governo de Sergipe se preocupou em investir na implantação de unidades de saúde, não só no município de Lagarto, como em toda a região Centro-Sul.

Em Lagarto, a Secretaria de Estado da Saúde já inaugurou um hospital regional, duas clínicas de saúde da família e uma base descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), que funciona com três viaturas – uma Unidade de Suporte Avançado (USA), outra de Suporte Básico (USB) e uma motolância. Somente na construção do hospital, foram investidos R$ 22.091.970,70, sendo cerca de R$ 13 milhões em obras e a outra parte em equipamentos e mobiliário.

A região conta ainda com outras quatro bases do Samu em funcionamento, três clínicas inauguradas e um hospital local entregue em Simão Dias, após reforma e ampliação. Na fase de implantação, encontram-se mais quatro clínicas de saúde da família, um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e uma Farmácia Popular do Brasil – ambos em Tobias Barreto. No mesmo município existe ainda um hospital local passando por reforma e ampliação para comportar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“Este foi um trabalho conjunto entre universidade, Governo do Estado, e o município de Lagarto na perspectiva de fazer com que esse curso fosse aprovado no Conselho de Saúde. A Secretaria de Saúde investiu cerca de R$ 40 milhões para conformar uma rede de serviços naquela região, onde temos estruturas disponíveis de hospital regional, unidades de pronto atendimento, clínicas e outras unidades, para que isso sirva como campo de estágio para os alunos, e para que possamos conformar uma rede integrada de serviços para que o aluno possa compreender esse conceito, desde o âmbito da atenção primária até a atenção hospitalar”, relacionou a secretária de Estado da Saúde , Mônica Sampaio.

Segundo ela, esses conceitos serão ferramentas importantes para a compreensão do SUS e para o contato com a comunidade. “Eles vão poder entender as necessidades de saúde da comunidade e realizar uma correta atenção básica para que possam se qualificar e atuar com capacitação nesse mercado”, explicou Mônica Sampaio.

Evolução

Para o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, esse anúncio consolida a perspectiva de crescimento que foi construída com a confirmação do campus da saúde na região. “Nossa região está crescendo, e com este campus estamos dando a oportunidade aos filhos dos trabalhadores em poder estudar numa universidade pública num município que tem crescido bastante e ampliado as possibilidades de evolução e se tornado referência na região. Portanto, esta é uma notícia de importância muito grande não só para Lagarto, como para todos os municípios da região”, comemorou o prefeito.

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