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O governador de Sergipe, Marcelo Déda, participou nesta sexta-feira, 4, de um ato ecumênico em favor da paz realizado na cidade de Monte Alegre, no sertão sergipano. A manifestação acontece sete dias depois do assalto a uma farmácia local que resultou na morte de duas jovens moradoras do município. O governador fez questão de comparecer ao evento para se solidarizar com a comunidade da região e com as famílias das vítimas.

"Quando esse crime aconteceu eu estava a milhares de quilômetros daqui, representando Sergipe nos Estados Unidos. Mas assim que soube do ocorrido, pedi ao vice-governador Belivaldo Chagas que viesse para cá prestar a solidariedade e ver o que seria possível fazer para tentar superar pelo menos minimamente essa tragédia. Agora quero manifestar os meus sentimentos a esses parentes que perderam seus entes queridos numa noite terrível como aquela", lamentou.

Marcelo Déda se colocou à disposição para ouvir as críticas da população local em relação à segurança pública. "Não quis vir para cá a fim de ouvir aplausos, mas sim assumir a minha responsabilidade como governador. Não sou uma liderança que aparece apenas na hora dos votos e das palmas. Tenho o dever de ter a paciência de compreender que o povo precisa desabafar e nós devemos procurar atender aos seus direitos", discursou.

Medidas

Durante o ato, o governador anunciou que nesta segunda-feira, 7, serão anunciados os nomes dos integrantes da comissão que vai analisar de forma detalhada a ação da polícia em relação ao crime acontecido em Monte Alegre. A comissão contará com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE) e do Ministério Público.

Ele também informou que o governo aumentará o efetivo do Estado, que deverá contar com cerca de mais 400 policiais militares. "Tomamos essa atitude mesmo sabendo que financeiramente o Estado ainda não está em condições. Para isso teremos que paralisar algumas obras", disse. Pelo menos 300 dos policiais contratados serão remanejados para o interior. Além disso, membros da corporação que estão lotados em outras instituições deverão ser chamados para fortalecer o policiamento nas ruas.

Outra medida em favor da diminuição da violência será iniciada ainda esse mês: uma campanha em favor do desarmamento. Cada policial receberá uma gratificação de aproximadamente R$ 400 por arma apreendida. "Precisamos buscar políticas que não estejam somente no policiamento ostensivo", comentou Marcelo Déda.

A cúpula da Segurança Pública do Estado também está trabalhando na elaboração de dois planos, um emergencial e outro estratégico, que prevêem várias melhorias na estrutura das corporações, das delegacias, nos equipamentos e investimento em pessoal. "Queremos recuperar os investimentos em viaturas, armamentos e reorganizar o plano de carreira das polícias. Será um esforço para restabelecer a garantia mínima da segurança", defendeu Marcelo Déda.

Mobilização

Organizada por uma comissão formada por cerca de 40 representantes da comunidade, entre membros de conselhos tutelares, representantes da igreja católica e evangélica, estudantes, professores e servidores da prefeitura municipal, a manifestação no sertão sergipano reuniu cerca de cinco mil pessoas vindas de várias cidades da região, como Porto da Folha, Nossa Senhora Aparecida e Poço Redondo.

O ato contou com uma celebração religiosa, a encenação de uma peça por alunos de uma escola local que abordou o tema da violência e das drogas e uma passeata pelas ruas da cidade. Os moradores também elaboraram um documento que descreve problemas relacionados à segurança e a outras questões estruturais da região do Alto Sertão, que foi entregue às autoridades presentes.

Elogiando a atitude dos moradores, o governador alertou a população para o fato de que a responsabilidade pela diminuição da violência não cabe apenas ao Governo do Estado, mas a cada um dos membros da comunidade. "É o meu dever dar respostas. Mas será que a segurança do Estado ficou assim nos quatro meses do meu governo? Será que fui eu que, em tão pouco tempo, sucateei os carros, os armamentos e negligenciei a polícia? O cidadão consciente sabe que não. Por isso digo que precisamos, acima de tudo, cultivar uma cultura da paz, avaliar em cada família o que está contribuindo para esses crimes hediondos. A sociedade precisa colaborar porque o Estado sozinho não vence a violência", afirmou Déda.

Também participaram da manifestação a primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, o vice-governador Belivaldo Chagas, o secretário de Estado da Segurança Pública, Kércio Pinto, o secretário de Estado da Administração, Jorge Alberto, o secretário de Estado da Coordenação Política, Jorge Araújo, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Márcio Macedo, o secretário de estado do Turismo, João Augusto Gama, os deputados Mardoqueu Bodano, Conceição Vieira e Gilmar Carvalho, e o prefeito de Monte Alegre, João Vieira Aragão.

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