Governador participa da procissão de São Benedito em Japaratuba
Fotos: Márcio Dantas/ASNO governador de Sergipe, Marcelo Déda, participou, na tarde deste domingo, 7, da procissão que marca a Festa de Santos Reis e de São Benedito, na cidade de Japaratuba. Ao lado da primeira-dama, Eliane Aquino, do prefeito de Japaratuba, Padre Gerard Olivier, do vice-prefeito do município, Hélio Sobral, e de deputados estaduais e federais, Déda foi recebido, logo na chegada à cidade, pelo grupo folclórico Cacumbi. Em seguida, depois de saudar o rei e rainha da festa do padroeiro dos negros, o governador acompanhou a procissão e recebeu cumprimentos e acenos dos moradores durante o percurso pelas principais ruas da cidade.
"Vim à procissão de Japaratuba para prestigiar essa festa popular de grande significado religioso e cultural para a região do Cotinguiba. Vim, também, para encontrar-me com as lideranças dessa região para juntos abrirmos esse ano orando e pedindo a proteção de Deus sob o Estado de Sergipe", afirmou o governador.
Quando os cantos, sinos e palmas do cortejo em louvor a São Benedito chegaram à frente da Igreja Nossa Senhora da Saúde, na praça da Matriz, o governador permaneceu ao lado dos devotos para prestigiar a missa de encerramento, celebrada pelo pároco da Diocese de Propriá, padre Inaldo Menezes.
Após a missa, Marcelo Déda, acompanhado do prefeito Gerard Olivier, visitou a Igreja Matriz da cidade e o Espaço do Artesão. O local foi criado em parceria entre a Prefeitura de Japaratuba e o Banco do Brasil, para incentivar a comercialização das peças de rendedê e ponto-de-cruz das rendeiras locais.
Para o prefeito de Japaratuba, a festa de Santos Reis e São Benedito é o maior patrimônio cultural da região. "Essa é a maior festa tradicional daqui, que consegue resgatar a cultura e a religião do município e que conta com um grande envolvimento da população local", disse Gerard Olivier.
Religiosidade
A procissão e a missa deste domingo encerraram a festa que começou na última quinta-feira, 4. Durante os quatro dias da festa, o sincretismo de grupos folclóricos, como o Reisado de Seu Nego e o Maracatu de Dona, e das missas em homenagem aos santos marcou o passo do evento. No último dia de programação, antes da procissão, aconteceram o cortejo e a coroação dos reis do Maracatu e Cacumbi, como já é tradição. A popular guerra de cabacinhas, que são feitas de parafina e cheias de água, dão um tom de brincadeira à festa.
A influência negra no município, que já foi um dos maiores produtores de açúcar de Sergipe, é a maior responsável pela mistura entre as tradições folclórica e religiosa do período de Santos Reis. É em atividades como a de Japaratuba que gente como Elmo Feitosa, integrante do grupo folclórico Cacumbi, aproveita para mostrar um pouco mais da cultura do Estado. "Desde menino faço disso a minha diversão. Aqui, a gente passa a brincadeira de pai para filho e depois para o neto, e todo mundo leva a sério", disse ele, que segurava um corró, instrumento musical feito da taboca, em mãos.
Descalça, a aposentada Maria Cenira Santos, 76, não perde um ano da festa um ano sequer e faz da fé seu compromisso. "Visto roupa de São Benedito e enquanto Deus me der licença para viver, vou continuar pagando minha promessa e participando dessa festa", afirmou Maria Cenira.
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