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O governador em exercício de Sergipe, desembargador Artêmio Barreto, abriu oficialmente o XXXIII Encontro Cultural de Laranjeiras na noite de sexta-feira, 4. Artêmio foi recebido pela prefeita do município, Ione Sobral, e secretários de Estado, entre outras autoridades, na Praça da Matriz, ao som da Filarmônica Sagrado Coração de Jesus. As atividades do Encontro Cultural foram iniciadas na última quinta-feira, 3, no Povoado Mussuca. A programação segue até o domingo, 6, com o tema ‘Quilombolas e a Identidade Cultural’. O evento é promovido pelo Governo de Sergipe e pela Prefeitura de Laranjeiras.

O governador em exercício destacou a importância do Encontro Cultural de Laranjeiras como expressão da tradição popular sergipana. "Esse evento celebrado junto com o calendário de fé dos laranjeirenses no fechamento do ciclo do Natal, com a devoção ao Santos Reis e a São Benedito, conta com o Governo do Estado. Nessa circunstância feliz de substituir por alguns dias o operoso governador Marcelo Déda, venho dirigir a palavra de estímulo à continuidade desse Encontro, único no Brasil a refletir sobre os diversos aspectos da cultura popular".

Artêmio Barreto aproveitou para anunciar que ao reassumir a presidência do Tribunal de Justiça irá assinar um contrato de comodato por 99 anos para que o município de Laranjeiras possa instalar no prédio do antigo fórum de laranjeiras um Centro Cultural. Ele ressaltou ainda a valorização das comunidades quilombolas no evento, como a Mussuca, povoado considerado um marco civilizatório da resistência e luta contra a escravidão.

"O Encontro Cultural levou à Mussuca as homenagens pelo seu passado e manifestações de sua cultura guardadas como patrimônio imaterial, que honram as tradições culturais dessa terra laranjeirense".

A prefeita Ione Sobral ressaltou que no Simpósio Cultural está sendo discutida a participação dos negros na construção da sociedade brasileira e a importância do quilombola como espaço de resistência, liberdade e afirmação. Ione Sobral também agradeceu ao Governo de Sergipe pela parceria na realização do Encontro Cultural.

"Como resultado, esse evento cultural, artístico e religioso reafirma o compromisso de promover, celebrar e divulgar as manifestações culturais e de modo especial o folclore de Sergipe e do Brasil", finalizou.

Após os discursos de abertura, aconteceram apresentações de grupos folclóricos, como São Gonçalo, Samba de Pareia, do Povoado Mussuca, e Batalhão de Bacamarteiros, de Carmópolis. A dona de casa, Maria José dos Santos participa do grupo de Samba de Pareia há 10 anos. Ela conta que a dança era uma prática dos escravos no intervalo da colheita da cana-de-açúcar. "Após 15 dias do nascimento de um bebê, eles também faziam essa dança para comemorar", contou, acrescentando que foi formado um grupo de crianças para manter viva essa tradição.

Tradição

Ao som da Filarmônica Sagrado Coração de Jesus, o governador em exercício visitou alguns locais onde estão acontecendo programações do Encontro Cultural. O primeiro deles foi o Fórum Levindo Cruz, onde acontece a exposição ‘Quilombolas: Tradições e Cultura da Resistência’, com fotografias de André Cypriano, paulistano que atua em Nova York. No Circo Fertilizarte, localizado no Campo do Quaresma, Artêmio Barreto conferiu a exposição com obras de 400 estudantes que participam de oficinas de inclusão cultural promovidas em Laranjeiras pela Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen). Entre os trabalhos, pinturas, peças em argila e até histórias em quadrinhos.

Segundo o pesquisador Luiz Antônio Barreto, vários fatores contribuem para que o Encontro Cultural de Laranjeiras permaneça como o principal do Estado, inclusive o fato de estar apoiado no tripé pesquisa, estudo e divulgação. "O município guardou uma cultura plural, uma religiosidade igualmente ampla e é um cenário ideal, com uma arquitetura exuberante e, além disso, é próximo de Aracaju".

De acordo com ele, na primeira edição do Encontro, Sergipe tinha a maior quantidade de grupos folclóricos do país: 220. "De lá pra cá, não fossem os encontros, nem os grupos nem a própria Laranjeiras teriam sobrevivido. Hoje acredito que tenhamos um pouco mais de 110 grupos, porque alguns desapareceram com a morte de seus líderes".

Presenças

Participaram da abertura oficial os secretários de Estado da Cultura, Luiz Alberto dos Santos, da Casa Civil, José de Oliveira Júnior, o interino da Comunicação Social, Maurício Pimentel, da Fazenda, Nilson Lima, da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lucia Menezes, o senador Antônio Carlos Valadares, os deputados federais, Jackson Barreto, Valadares Filho e Iran Barbosa, os deputados estaduais Conceição Vieira, Tânia Soares e Wanderlê Correia, o reitor da Universidade Federal de Sergipe, Josué Modesto dos Passos Subrinho, e secretários municipais.

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