[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Na próxima segunda-feira, dia 8, acontece a XXI Lavagem de Oxum, festejo religioso celebrado pela igreja católica, umbanda e candomblé, que contempla também o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município de Aracaju. Com saída da Colina do Santo Antônio em direção a Catedral Metropolitana de Aracaju, o evento acontece a partir das 9 horas.

A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), apóia o evento na intenção de propagar à comunidade aracajuana a verdade sobre a cultura afro. Segundo Rejane Maria, membro da Seção de Etnia da Funcaju, o preconceito à religião afro ainda é latente nas sociedades e a meta da atual administração municipal é reverter este quadro. “O apoio a este evento é de extrema importância. Além de divulgar, respalda a cultura afro, pois o preconceito ainda é muito grande. A contribuição da Funcaju nesta celebração histórica fortalece ainda mais a resistência da religião”, disse Rejane.

Para angariar fundos para a Lavagem, a babalorixá Angélica Oliveira está organizando o 2º Fest Acará. O evento contará com shows musicais das bandas Razão de Viver e Acadêmicos do Samba de Laranjeiras. O Fest Acará acontece no Cotinguiba Sport Club, amanhã, dia 5, a partir das 20 horas. O ingresso custa R$ 5 e dará direito a consumo livre de acará, acarajé e abará.

Tradição
Em Aracaju, a comemoração das religiões afro começou em 1982. Uma promessa de oito jovens que foram aprovados um vestibular deu início a primeira Lavagem de Oxum. Foi uma inovação na cidade que não tinha outra celebração religiosa, além da católica, que comemora nesta data (8 de dezembro) o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Aracaju.

A Lavagem de Oxum é a celebração da Umbanda e do Candomblé, que no sincretismo religioso tem Oxum representando Nossa Senhora da Conceição. “A partir da segunda lavagem, Otávio Luís, um dos organizadores da primeira lavagem, procurou a mim e a meu pai, José de Oliveira, no Centro Espírita de Umbanda Paraíso dos Orixás e nos concedeu a permissão de prosseguir com total liberdade de ação a festa iniciada por ele”, contou a babalorixá Angélica Oliveira.

Hoje, vinte e um anos depois, a festa tomou uma dimensão maior devido ao empenho dos babalorixás, iaorixas e zeladores que se uniram e vêm de forma dedicada desenvolvendo esta atividade ícone da comemoração pública da religiosidade afro. “Esperamos que o reconhecimento seja bem maior e traga adesão de muitos freqüentadores de terreiros e centros de umbanda de forma que essa manifestação se alastre”, disse Angélica.

O anseio de Angélica em tornar grandiosa a festividade vem do preconceito que muitos ainda têm sobre a religião. Segundo ela, existe uma distorção muito grande da religiosidade afro. “Outros tipo de encaminhamentos que estão dando a religião macula o nome e aumenta o preconceito”, disse.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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