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Debater as matizes que formaram o Brasil e entender um pouco mais da diversidade existente no país. Estes foram os objetivos das atividades realizadas na tarde deste sábado, 19, no Museu Histórico de Sergipe, localizado em São Cristóvão, durante a realização de mais uma etapa das atividades do II Círculo de Ogãs. O evento é promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e faz parte das celebrações pelo Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Sob o tema ‘Matrizes da religiosidade brasileira: diversidade e diálogo’, a mesa redonda foi mediada por Sérgio Lima, representante da Sociedade Sahude (co-realizadora do evento) e reuniu representantes e estudiosos das matizes africana, indígena e católica, personagens indispensáveis para a formação do povo brasileiro. Segundo o diretor do museu Histórico de Sergipe, que na ocasião representou a Secretaria de Estado da Cultura, Thiago Fragata, a escolha do tema ocorreu de acordo com uma necessidade da sociedade.

“Para nós, é uma honra muito grande realizar a segunda edição deste evento, afinal, mostra que estamos no caminho certo para sua consolidação. Este ano, nos unimos com a Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE), o que nos deu mais força no sentido de mostrar que centro histórico de São Cristóvão não é composto apenas pela matriz católica, e sim pela negra e indígena”, destacou Thiago.

Debates

Durante a Mesa Redonda, os participantes puderam conhecer mais de perto a realidade da história e da religiosidade afro, indígena e católica. A professora da Universidade Federal de Sergipe, Martha Sales, falou a respeito da presença africana no Brasil, e considerou que a multiplicidade de vertentes constituiu na criação da identidade brasileira.

“A religião africana foi uma das principais bases da religiosidade no Brasil juntamente com a religião indígena e católica. Por isso, fico muito feliz em estar mais uma vez neste evento, como debatedora e também como parceira. Acredito que eventos como este é de grande importância para a diminuição do preconceito e o engrandecimento da nossa cultura”, ponderou.

Um momento que emocionou os presentes foram as palavras do cacique Pauanã Crody, da tribo Cariri Xocó, de Porto Real do Colégio – Alagoas. Durante seu discurso, ele falou a respeito de sua religião e de toda a magia que envolve a tribo, que mesmo depois de tantos anos, se mantém firme e disseminando a cultura indígena.

“O que nos motiva é passar o conhecimento para os não-índios, para aqueles que não conhecem a nossa cultura, uma cultura que, na verdade, é de todo o brasileiro, pois foi responsável pela formação do Brasil. Estar em um espaço como esse é muito bom para mostrar como era o passado, nosso presente e nossa preparação para o futuro”, frisou Pauanã.

Para falar sobre o catolicismo, o evento contou com a presença do professor do Departamento de Ciências Sociais da UFS, Jonathas Silva Menezes, que abordou a religião desde o Brasil colônia até a realidade atual. ”Todos nós temos sangue de negro e de índio, portanto, todos nós possuímos as três raças. O homem brasileiro é marcadamente religioso, capaz de expressar múltiplas formas de religiosidade da cultura brasileira e isso precisa ser valorizado e respeitado por todos”, frisou.

Demais atividades   

No domingo, 20, Dia da Consciência Negra, uma grande festa foi realizada para celebrar àqueles que são tão importantes para a construção da realidade no nosso país. Já na segunda-feira, 21, a partir das 9h, haverá no auditório do Museu Histórico uma palestra sobre a efetivação a igualdade racial com a professora Maria Batista. Já às 10h, uma animada Roda de Leitura acontecerá na Biblioteca Municipal de São Cristóvão e terá como tema o Zumbi dos Palmares.

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