Floro Calheiros é trazido a Aracaju e levado para o Cope

Já está em Aracaju, o empresário Floro Calheiros, preso pela Polícia Civil de Sergipe na tarde do sábado, 19, na cidade de Gurupi, em Tocantins. O desembarque ocorreu às 15h deste domingo, 20, no Aeroporto Santa Maria, de onde Floro foi escoltado por mais de 30 agentes e delegados da corporação até o Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope).

Durante este domingo ele será ouvido pelo diretor do Cope, delegado Marcelo Cardoso, que coordenou toda a operação em Tocantins. O secretário da Segurança Pública, Kércio Pinto, e o superintendente da Polícia Civil, delegado Gilberto Guimarães, convocarão a imprensa para uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 21, na sede do Cope, com horário ainda a ser divulgado.

Floro Calheiros foi preso por volta das 12h de sábado, na área urbana de Gurupi, cidade localizada no sul do Estado de Tocantins e distante 245 quilômetros da capital Palmas. A Polícia Civil de Sergipe vinha monitorando Floro há seis meses, através do Cope e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).

Calheiros estava foragido de Sergipe sob a acusação de ter mandado assassinar o deputado Joaldo Barbosa, conhecido como Nego da Farmácia, no ano de 2003. Ele conseguiu fugir dois meses depois de ter sido preso da 1ª Delegacia Metropolitana de Aracaju. O envolvimento do empresário Floro Calheiros no assassinato do deputado Joaldo Barbosa foi confirmado por Antônio Medeiros, o Alemão, pistoleiro baiano que foi preso no fim do ano passado.

Operação

O empresário não reagiu à prisão desencadeada pelos policiais civis, que na operação contaram com apoio de mais dois policiais federais de João Pessoa, na Paraíba. Floro já vinha se consolidado na região de Gurupi como fazendeiro influente no ramo de criação de gados e já possuía três fazendas de sua propriedade, a ‘Boa Esperança’, localizada na cidade de Figueirópolis, bem próximo de Gurupi, a ‘Santo Antônio’ e ‘Guanabara’.

Floro era conhecido na cidade como ‘Doutor Gonçalves’ e vinha se relacionando bem com os fazendeiros da região, cujo comércio se baseia na pecuária. A equipe encaminhou Floro Calheiros inicialmente para a sede da Polícia Federal em Palmas, de onde ele foi transferido de avião para Aracaju.

Monitoramento

Em Aracaju, a Dipol esteve atenta a todos os movimentos do empresário, orientando passo a passo os procedimentos da equipe policial em Tocantins. De acordo com a delegada Maria Pureza, diretora da Dipol, o trabalho de busca a Floro Calheiros, iniciado há cerca de seis meses, começou do zero.

"Foi um trabalho de formiguinha, que contou com muito empenho do Cope e da Dipol e que valoriza muito a Polícia Civil. Essa prisão mostra a importância de nossa Instituição e comprova que temos policiais abnegados e comprometidos com a Segurança Pública", analisou Pureza.

Destaque

O governador Marcelo Déda parabenizou o secretário de Segurança Pública, Kércio Pinto, e toda a equipe envolvida na operação pelo resultado alcançado. "Desde que voltei de férias já sabia dos trabalhos que estavam sendo desenvolvidos. Foi uma prisão relevante para a segurança pública de Sergipe e que será responsável pela elucidação de outros casos", destacou o governador, que também ampliou os cumprimentos aos policiais federais que participaram da operação e aos integrantes da Polícia Civil que nos últimos seis meses contribuíram com as investigações.  

Para o secretário Kércio Pinto, a prisão de Floro Calheiros é mais um desafio que a Segurança Pública em Sergipe conseguiu superar. "Muitos questionavam a boa vontade da Secretaria de Segurança em localizar e prender o Floro Calheiros. Quase nenhum crime de repercussão em Sergipe tem ficado sem resposta. Estamos trabalhando neste caso há muito tempo e felizmente conseguimos prender Floro Calheiros", comentou Kércio.