[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Fenômenos econômicos sociais milenares, as feiras livres existem no Brasil desde os tempos da colônia e, com o passar dos séculos, ganharam novos aspectos, sendo hoje, em sua maioria, realizadas em mercados, o que garante comodidade e conforto aos feirantes e consumidores e higiene para a infinidade de produtos que nelas são comercializados.

Dentro do eixo de desenvolvimento econômico inserido em suas ações, o Programa Sergipe Cidades – parceria exitosa entre o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedurb) -, está concluindo a reforma e ampliação do mercado municipal de Santa Luzia do Itanhy, a 76 km de Aracaju, contribuindo significativamente para a melhoria da feira livre do município que acontece nas manhãs de domingo.

Erguido no Largo da Feira, no centro da ‘Vila’ – como a cidade é carinhosamente chamada pelos descendentes da povoação mais antiga de Sergipe -, o mercado municipal, que funcionava apenas como centro de comercialização de carnes, há muitos anos necessitava de uma reforma que, agora, através do Sergipe Cidades, está sendo concluída, para total satisfação dos seus pouco mais de 13.500 moradores, em especial, os feirantes.

A reforma

Com investimentos de R$ 741.178,81, o mercado municipal, que antes possuía uma área de 289,32 m², ocupa agora 549 m² de área construída. Suas instalações são compostas por 36 boxes, sala para administração, banheiros masculinos e femininos adaptados, depósito de material de limpeza, depósito de lixo com saída independente da área de comercialização, além de bebedouros e lavatórios comuns e adaptados aos portadores de mobilidade reduzida. Em todo o espaço foi aplicado piso elevado em alta resistência e ralos com tampas nos boxes em locais estratégicos a fim de facilitar o escoamento de água.

De acordo com a engenheira fiscal da Sedurb, Lorena Grasielle Oliveira, o projeto de ampliação e reforma do mercado foi elaborado de maneira a oferecer comodidade, não apenas aos consumidores, mas, principalmente, aos feirantes. “A área de comercialização é composta de 30 unidades individuais, cinco unidades comunitárias onde serão utilizadas serras elétricas de auxílio ao corte de carne e um boxe comunitário para a pesagem da carne, quando esta chega para ser comercializada”, detalhou.

Lorena acrescenta que houve uma preocupação a mais com os boxes individuais. “Todas as unidades dispõem de lavatório, o que garante a assepsia imediata após o manuseio dos produtos. As bancadas foram revestidas de granito e as paredes de cerâmica, o que assegura maior higienização no ambiente. Além disso, nos boxes destinados à comercialização de carne existe uma gancheira para o auxílio do corte do produto e, ainda, uma área reservada à implantação de um balcão para exposição e refrigeração, respeitando, assim, as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explicou a engenheira.

Desejo antigo

As mudanças pelas quais o mercado passou já são motivo de comemoração pelos moradores e, principalmente, pelos feirantes. Trabalhando na feira há duas décadas vendendo frutas, o casal João Antonio Menezes Leite, 64 anos e Vilma Menezes Leite, 58 anos relembram a antiga situação do local. “Vivíamos sob constante tensão, já que o lugar não oferecia higiene e segurança. O telhado dava medo e ameaçava desabar. Em dias de chuva, então, era melhor ficar do lado de fora, pois tínhamos a certeza de que somente a água cairia sobre nossas cabeças”, revelou a feirante.

De comum acordo com as revelações, seu esposo destaca que a reforma do mercado é um sonho de muito tempo. “Não apenas nós, feirantes, mas também os moradores tinham esse desejo antigo de que houvesse uma reforma. Graças a Deus nunca houve acidentes, mas os riscos eram muitos”, contou João Antonio.  

Feirante desde a infância, quando ajudava o pai no comércio em feiras livres, José Aílton Oliveira, 45 anos e residente na cidade de Estância, declara que a obra ficou perfeita. “O local está muito organizado, mais espaçoso, bem melhor do que era antes, o Governo do Estado merece nota 10 por nos trazer essa obra”, orgulha-se.

Natural de Santa Luzia do Itanhy, Maria Clarice Santos, 58 anos e feirante desde os 36, diz que agora a feira ficará melhor. “Além de bonito o mercado está seguro, agora estaremos protegidos”, ressaltou.

Outro que está satisfeito com a reforma do mercado municipal é o marchante José dos Santos, 48 anos. Vendedor de carne há três décadas, ele não vê a hora de sair do barracão cultural onde a feira é realizada atualmente e, improvisadamente, ele comercializa um dos principais produtos alimentícios da mesa do brasileiro. “Ainda não tive tempo de ir lá, mas todos os meus colegas dizem que o lugar ficou excelente. Agora sei que poderei vender carne em um lugar com boas condições de higiene”, assegurou.

O vendedor de lanches Lindinalvo Santos, 34 anos, é outro que conta os dias para a inauguração do mercado. “Antes não tinha coragem de comercializar produtos lá dentro, devido à falta de segurança e infraestrutura, mas, atualmente, o mercado nem de longe se compara ao que era antes, por isso, assim que ele for inaugurado, serei mais um feirante”, anseia Lindinaldo.

Dignidade reacendida

Para o Secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Antonio Sérgio Ferrari Vargas, as realizações do Sergipe Cidades estão além de obras estruturantes. “Ao longo desses dois anos, o Programa tem contribuído de maneira singular para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Estado. Quer seja na construção de quadras esportivas, delegacias, creches, centros comunitários, praças e pavimentação de ruas, a auto-estima dos beneficiados é elevada de maneira nunca antes acontecida”, afirmou.

Sérgio Ferrari diz, ainda, que as ações realizadas pelo Programa já entraram para a história. “Essa política do Governador Marcelo Déda em promover melhorias significativas para todos os municípios é a forma mais direta de humanizar a relação entre o povo e o poder público. Além de causarem uma transformação social na vida de cada um, as obras do Sergipe Cidade reacendem a dignidade do sergipano”, analisou.

  

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.