Evento marcará centenário do primeiro diagnóstico da anemia falciforme
Com a parceria da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Sociedade de Apoio às Pessoas com Doenças Falciformes de Sergipe (Soapafi) promove nesta quarta-feira, 27, evento comemorativo aos 100 anos da descoberta da anemia falciforme. Na ocasião, será realizada palestra sobre o tema pelo biomédico Gustavo Santos Filho, especialista em hematologia e hemoterapia.
Com início marcado para as 8h30, no auditório do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), devem participar do evento cerca de 100 pessoas, entre pacientes com a patologia e representantes dos movimentos negros. “A ideia é que esse público conheça melhor a doença falciforme e as ações realizadas pela SES”, explicou Maria do Céu Vieira, presidente da Soapafi.
Ela também acrescenta a necessidade de fortalecer a articulação entre o poder público e a população negra na elaboração de medidas conjuntas para minimizar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que possuem doença falciforme. Enquanto representantes do poder público, participarão ativamente do evento a Diretoria de Atenção Básica da SES e a Fundação Estadual de Saúde (Funesa).
A doença
Trata-se de doença heridatária que atinge principalmente pessoas afrodescendentes. Não tem cura e pode ser identificada através de sintomas como: anemia crônica, icterícia (cor amarelada da pele), síndrome mão-pé (inchaços dolorosos no punho e tornozelo) e crises dolorosas nos ossos, músculos e articulações.
O diagnóstico da doença e do traço falciforme é feito através do teste do pezinho com a triagem neonatal na fase II no recém-nascido. Em crianças a partir dos quatro meses de idade, jovens e adultos a detecção acontece com a realização do exame de sangue chamado eletroforese.
O atendimento dos pacientes em Sergipe é realizado em conjunto pela SES, secretarias municipais de Saúde e Hospital Universitário (HU). No Ambulatório de Hematologia Pediátrica e Adulto do HU é realizado o diagnóstico, mas somente até os 18 anos de idade. Após esta faixa etária, os pacientes são encaminhados ao Hemose, onde está o ambulatório de doenças benignas que atende cerca de 160 pacientes por mês.
Já o Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case), órgão gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), dispensa os medicamentos quelantes de ferro e hidroxiureia. Outros medicamentos, como ácido fólico, penicilina profilática, sulfato ferroso, analgésicos e antiinflamatórios são dispensados pela Rede de Atenção Básica dos municípios.
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