Estudo da Sedetec mostra que construção civil cresce na economia sergipana
Estudo realizado pelo Departamento Técnico da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) mostra que o crescimento no setor imobiliário alcançou 5,3%, em 2010, do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo economistas da Sedetec, a expansão do crédito imobiliário tem sido um dos principais responsáveis pelo bom momento das construções no país.
O resultado da evolução no setor imobiliário tem sido consequência da recuperação da retração ocorrida em 2009 e estimulada pela expansão da renda, além do crédito imobiliário, dos programas habitacionais voltados para a população de média e baixa renda, bem como no volume de obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As principais fontes de recursos de financiamento habitacional são as do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), voltados para a construção popular, e os do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera com recursos das cadernetas de poupança. Em 2010, mais de um milhão de unidades habitacionais foram financiadas utilizando esses dois recursos, o maior número de toda a série. Em comparação ao ano anterior, houve incremento de 56% no número de unidades financiadas e de 68% no montante dos recursos alocados.
Para o gestar da pasta da Sedetec, Saumíneo Nascimento, a perspectiva para a construção habitacional ainda é positiva. Entretanto, o aumento da demanda por crédito torna necessária a busca de novas modalidades de funding para dar suporte a esse crescimento. “O crédito se expande de forma sustentável, tendo o crédito imobiliário crescido em ritmo acelerado, porém, ainda representa parcela pequena do crédito total no Brasil. O crédito total representa quase 50% do PIB, enquanto o crédito imobiliário chega a aproximadamente 5% do PIB, demonstrando-se que há espaço para a continuidade da sua expansão”, explica Saumíneo.
Sergipe
Em Sergipe, a Indústria da Construção Civil é um segmento em constante expansão e se destaca por ser um setor-chave para a economia do Estado, agregando uma vasta cadeia produtiva que estimula diversos outros setores, além de ser intensivo em mão de obra direta e indireta.
Mais de 1.100 empresas, cujas atividades estão relacionadas diretamente à construção civil, desde a construção de edifícios e outros imóveis para habitação à construção de obras de arte, estradas, obras de urbanização, passando por diversas atividades de apoio, renderam empregos a 28.713 trabalhadores formais diretos, significando 7,8% de todo o emprego formal sergipano e 35,5% do setor secundário.
Nos últimos anos, o setor tem sido o principal gerador de postos de trabalho do estado, quebrando recordes de admissão de novos trabalhadores, sobretudo, a partir de 2009 com o lançamento dos programas de governo para facilitação do financiamento do primeiro imóvel, como o programa ‘Minha Casa Minha Vida’. Entre 2009 e 2011, a média de variação do emprego foi de positivos 15,25%, a mais elevada da economia sergipana, juntamente com o setor de Serviços. Somados, estes anos geraram 11.709 empregos formais diretos.
2012
Por fim, o estudo da Sedetec mostra que em 2012, a construção civil tem continuado sua forte trajetória de admissões, chagando a somar 3.064 empregos formais do primeiro terço do ano e apresentar um crescimento de 9,4%. “Se for considerado apenas os três primeiros meses, tem-se o melhor início de ano de 2003 no mercado de trabalhado da Indústria da Construção Civil, com 2686 novos trabalhadores. Isto, porque no período entre abril e junho há uma queda comum do volume de contratação de mão-de-obra neste setor”, explica o secretário Saumíneo Nascimento.
O secretário ressalta ainda que nos investimentos previstos para infraestrurtura no período de 2012 a 2015, há um empenho do Governo para o aumento em moradia digna, através do programa Minha Casa, Minha Vida, com um montante previsto de R$ 390 bilhões.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Estudo da Sedetec mostra que construção civil cresce na economia sergipana – Fotos: Vieira Neto/Sedetec