Estado reduz filas, combate desabastecimento e reestrutura Hospital Geral
Os esforços do Governo do Estado para combater o desabastecimento de materiais e medicamentos, as filas de espera e reestruturar o funcionamento do Hospital Geral João Alves Filho (HGJAF) já começaram a gerar resultados significativos. As cinco salas do Centro Cirúrgico da unidade estão funcionando – antes apenas duas estavam à disposição dos pacientes – e um Grupo Gestor de Leitos foi criado e está em atividade.
As medidas para resolver os problemas encontrados no Hospital Geral também incluem a implantação da Classificação de Risco no atendimento do Pronto-Socorro, a reestruturação do almoxarifado e da farmácia do setor de urgência e emergência e a intensificação da parceria com outras unidades de saúde da capital.
De acordo com o médico Josias Dantas Passos, diretor-geral do HGJAF, ao assumir a administração, no início de janeiro deste ano, a principal preocupação do Governo era o desabastecimento de materiais e medicamentos. O problema foi solucionado com compras emergenciais, reforço na segurança para evitar furtos e estudos de necessidade para que novas aquisições sejam feitas com antecedência.
"Para a administração pública, a compra emergencial não é liberada antes de 60 dias. Com grande esforço, conseguimos nesse curto espaço de tempo minimizar a falta de medicamentos e praticamente normalizamos a oferta de quimioterápicos no setor de Oncologia", disse o diretor. A Sala de Esterilização do Pronto-Socorro Infantil voltou a funcionar e a conclusão das obras do novo Centro de Imagem foi providenciada.
Nestes primeiros meses a administração também avaliou os recursos humanos, iniciou o recadastramento dos servidores efetivos do hospital, desativou o sistema ultrapassado de lavanderias, com mais de 20 anos de uso, e contratou emergencialmente uma empresa para a lavagem das roupas, e implantou a pioneira Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico, totalmente informatizada para o efetivo controle dos medicamentos e materiais.
Redução das filas
As filas de pacientes à espera de atendimento também já começaram a diminuir. "Ao passarmos pelo pronto-socorro hoje já não temos a mesma visão desesperadora. Houve melhora, mas ainda não estamos satisfeitos e continuamos trabalhando para a definitiva extinção dos leitos flutuantes", diz o diretor da unidade hospitalar.
Em relação a eles, o diretor explicou que uma das primeiras decisões foi a criação do Grupo Gestor de Leitos, dividido em duas equipes. Uma tem a missão de classificar a gravidade dos pacientes do PS e decidir a ordem de internamento. A outra tem a função de avaliar aqueles de permanência prolongada nas alas e encaminhá-los para tratamento ambulatorial ou a outras unidades hospitalares.
Quadro encontrado
Josias Passos lembrou que, no início da atual administração, o quadro encontrado no Hospital Geral era caótico. "As Unidades de Terapia Intensiva adulta e pediátrica estavam lotadas, sofrendo as conseqüências do desabastecimento, enquanto o Pronto-Socorro adulto funcionava com 96 leitos flutuantes, nos corredores, e o Infantil com 50. E ainda faltavam plantonistas para completar a escala em toda a urgência".
De acordo com Passos, não havia controle e estoques mínimos, a estrutura organizacional era precária e apenas uma pequena parte do hospital estava informatizada, o que acabava por provocar mau gerenciamento e desperdício de dinheiro público. "Encontramos uma empresa com proposta de administrar o hospital e que apenas gerava relatórios gerenciais com dados inconsistentes, a custos elevados. Havia medicamentos com data de vencimento a curto prazo, outros já vencidos e estoque alto de medicação de baixa freqüência de utilização", contou.
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