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Uma ação conjunta entre Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), citricultores, indústrias, beneficiadoras, autoridades municipais e instituições ligadas à cadeia produtiva do citros marcaram na quinta-feira, dia 9, no município de Boquim, uma reunião onde foi dado o alerta máximo sobre o trânsito de citros advindos do recôncavo baiano. O receio é em virtude da disseminação da doença Pinta Preta do citros daquele Estado em Sergipe.
 
A reunião foi conduzida pelo secretário de Estado da Agricultura, José Macedo Sobral, e teve o objetivo conclamar a todos os envolvidos na cadeia produtiva da citricultura para uma maior atenção no trânsito, na produção e na comercialização das frutas no Estado. “Contamos com a participação da sociedade civil, do empresariado, dos órgãos públicos, entidades de classe, movimentos sociais para que todos tomem consciência dos riscos que se apresentaram mais fortes com o registro da doença no recôncavo baiano, amplamente difundido e divulgado pela própria Agência de Defesa da Bahia”, afirmou.
 
“São diversas atitudes, diversas ações, desde o controle maior nas fronteiras e nos postos de fiscalizações até nas inspeções da propriedade, especialmente àquelas produtoras de tangerinas (espécies mais suscetíveis à Pinta Preta) até o trabalho de divulgação e conscientização às indústrias no momento da aquisição de frutas, no momento em que esses frutos chegam, os meios e os veículos de transmissão mais encontrados”, reforçou o Secretário.
 
Segundo o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, o Estado de Sergipe não possui qualquer sinal da doença Pinta Preta do citros, mas garante que, se não houver ações concretas e o envolvimento de todos os seguimentos do citros, os prejuízos ainda serão maiores. “É bom frisar que Sergipe não tem essa doença, é por isso que a gente precisa ter muito cuidado. A Emdagro está reforçando algumas medidas nos âmbitos da defesa agropecuária, da assistência técnica e da pesquisa, mas, nem assim os envolvidos na cadeia produtiva do citros deverão ficar de fora desse alerta, até porque os prejuízos são muitos para uma citricultura que vem enfrentando graves problemas, em nível nacional inclusive, por conta da sua comercialização”.
 
Presente à reunião, o gerente Agrícola do Grupo Maratá, o engenheiro agrônomo Luciano Andreazza, destacou a eficiência da defesa agropecuária da Emdagro e se comprometeu e auxiliar o Estado no combate a doença. “É de fundamental importância esse trabalho que a defesa vem fazendo quanto à intensificação da inspeção para que possa impedir a entrada dessa doença. Nosso quadro é composto com engenheiros agrônomos e a gente faz, na verdade, é uma constante fiscalização em nossos pomares para que, caso seja identificado algum foco, a gente possa está comunicando defesa. Até o momento a gente não identificou nenhum foco da doença’, frisou.
 
Já no âmbito municipal, o secretário de Agricultura de Boquim, Jadson Costa Santos, reforçou o papel de cada envolvido. “É importante ressaltar a importância de cada um nesse processo. Por exemplo, as prefeituras não podem ficar de braços cruzados esperando que a Emdagro resolva tudo sozinha, as indústrias têm fazer o seu papel para conseguirmos bons resultados, até porque Sergipe é um exemplo na vigilância sanitária com relação à cultura de mudas cítricas e não podemos baixar essa bandeira.
 
Ações adotadas
 
O setor de defesa agropecuária de Sergipe é um dos mais eficientes do país. Nesse sentido, a Emdagro adota medidas eficazes no controle e combate a algumas doenças que venham a afetar diretamente a economia agrícola do Estado. No tocante ao alerta deflagrado, medidas de alerta máximo nos postos de fixos de fiscalização, principalmente nas divisas da Bahia, nos municípios de Cristinápolis, Indiaroba e Tobias Barreto, com atenção maior à proibição da entrada de cargas de citros oriundas do recôncavo baiano, interceptando, assim, as cargas em caso de suspeitas da doença; rastreamento de frutos cítricos comercializados em barracas na BR 101, na altura de Cristinápolis; Elaboração de plano de emergência; Divulgação de Notas Técnicas; Mapeamento e inspeção fitossanitários dos pomares com tangerina da região Sul e centro Sul; Distribuição de material de divulgação junto a técnicos e agricultores, dentre outras estão sendo efetivamente tomadas.
 
A doença
 
A Pinta Preta do Citros ou cientificamente conhecida como Guignardia Citricarpa, é uma doença que só ataca as plantas cítricas, podendo infectar os frutos, as folhas e os talos. Elas são disseminadas de uma planta para outra e de um plantio para o outro por meio do vento, respingos de água e pelo trânsito de mudas e frutos com folhas e talos contaminados.
 
Os sintomas acometem os frutos deixando-os com manchas duras na casca e nas folhas. As lesões aparecem quando os frutos iniciam sua maturação, normalmente no inverno. Apresentam ainda bordas salientes e o centro é deprimido de cor palha com pontuações escuras.
 
A doença provoca a queda prematura dos frutos e em destaques pode haver perda de até 80% da produtividade, causando assim um prejuízo muito grande para os produtores. Além disso, a doença causa alterações no sabor dos frutos, o que ocasiona a depreciação da fruta no mercado nacional.
 
Seu controle deve começar com as medidas de prevenção, onde o produtor deverá adquirir mudas em viveiros certificados pelo Ministério da Agricultura. Ainda assim, o produtor deverá manter seu pomar em boas condições de nutrição, desinfecção e recolhimento de material vegetativo (restos de folhas e frutos) nos caminhões, máquinas agrícolas, materiais de colheitas e outros equipamentos.

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