Estado discute estratégias de Saúde Mental em Porto da Folha
A coordenação e membros das equipes de Saúde da Família, agentes comunitários, representantes do Conselho Tutelar e secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social de Porto da Folha participam nestas quinta-feira, 21, e sexta-feira, 22, de uma oficina sobre Saúde Mental para o município. O evento é realizado sob o comando do Governo do Estado, através das coordenadorias de Atenção Básica, Psicossocial e Escola Técnica de Saúde do SUS (ETSUS) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para atender à solicitação feita pelos profissionais de saúde do município, cerca de 100 pessoas estão discutindo estratégias para reduzir o número de casos de depressão e evitar eventuais suicídios. "Estamos analisando casos reais para criar mecanismos de intervenção de modo que as equipes locais de Saúde da Família consigam identificar casos de depressão, garantir o acolhimento e tratamento das pessoas, e devolver a elas sua autonomia para continuar em busca de uma vida melhor", explicou a coordenadora da Atenção Básica estadual na região, Magda Dória.
De acordo com a secretária de Saúde de Porto da Folha, Fátima Souza, os casos e tentativas de suicídio ocorridos em maio serviram de alerta para a necessidade de realizar um trabalho específico de Saúde Mental na cidade. "Pedimos ajuda ao Estado e já estamos sendo atendidos", disse. Segundo Fátima, o projeto de implantação de um Centro de Apoio Psicossocial (CAPs) no município já foi aprovado pelo Ministério da Saúde (MS).
Para Ana Raquel Santiago, coordenadora da Atenção Psicossocial da SES, a oficina também busca reunir conhecimentos sobre aspectos sócio-econômicos e culturais da região para compreender de que maneiras eles podem interferir na vida da comunidade. "Queremos identificar os principais fatores de risco para evitar a ocorrência de novos casos de suicídio. Vamos pensar também em estratégias de intervenção junto a pacientes, famílias, comunidade e instituições", frisou.
Metodologia
Com aproximadamente 28 mil habitantes, o município possui nove unidades de saúde e oito equipes de saúde da Família, das quais duas na zona urbana e seis na zona rural. Para estudar a realidade desta população, a ETSUS preparou uma metodologia específica que inclui a problematização do cotidiano das famílias e estudos de casos concretos.
"Vamos formar grupos para discutir sobre casos reais de saúde mental, investigar as principais causas que levam as pessoas ao suicídio e fazer um trabalho permanente de educação e acompanhamento das famílias", detalhou a assistente social Katiene Fontes, membro da equipe pedagógica do Núcleo de Educação Permanente da ETSUS.
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