Escola Estadual John Kennedy promove projeto Alma Africana
Alunos da Escola Estadual John Kennedy estão participando da culminância do projeto Alma Africana, que está sendo realizado nesta quinta-feira, 18, e termina na sexta-feira, 19. O evento tem como objetivo levar à reflexão sobre a história e cultura africanas e está sendo uma oportunidade para que os estudantes mostrem os seus trabalhos através de seminários temáticos.
Segundo o pedagogo e coordenador do projeto, Evanilson França, esse trabalho visa colocar em prática a Lei Federal nº 10.639/05 e a Lei Estadual nº 5.497/04, que determinam que as escolas públicas e particulares devem trabalhar com os alunos sobre a cultura e história da África. “Essa discussão é urgente. Nos bancos das escolas há uma tradição de mostrar a história através da visão do europeu. É importante mostrar aos alunos a história do nosso povo”, disse Evanilson.
Ao todo serão realizadas quatro mesas de debate, nas quais os alunos vão apresentar seminários e levar especialistas para discutir os temas expostos. “É uma forma de os alunos interagirem e promoverem debates que eles mesmos achavam ser incapazes de fazer”, disse a diretora da escola, professora Margarida Maria Monteiro.
Projeto Alma Africana
O projeto Alma Africana começou no mês de abril, com a apresentação de um grupo teatral com o mesmo nome. A partir de outubro, os alunos começaram a fazer trabalhos de pesquisa e palestras, realizando um intercâmbio cultural.
A coordenadora do Núcleo de Educação da Diversidade e Cidadania da Seed, Maria da Conceição Mascarenhas, também participou do evento, presidindo uma mesa de debates. “A gente precisa inserir essa discussão nas salas de aula”, afirmou. Outra participante foi a professora Tereza Cristina, da Universidade Federal de Sergipe, que falou sobre as comunidades quilombolas. “Historicamente o povo negro foi dominado, e esta dominação se reflete ainda hoje. A forma como essa discussão está sendo trabalhada faz toda a diferença, pois os alunos demonstraram grande capacidade”, disse.
Discussão dos temas
No total, cerca de 300 alunos dos ensinos médio e fundamental estão participando do evento. Na manhã desta quinta-feira foram discutidos os temas “África, berço da humanidade”; “Colonização e descolonização africana”; “Escravidão no Brasil”, “Leis abolicionistas”. O aluno Érik Crispim da Silva, 12, do 6º ano, falou sobre as leis abolicionistas e destacou a importância dos debates. “É importante se lembrar da África, que anda bastante esquecida pela História. Além disso, é uma forma de trabalhar a questão do preconceito”, disse.
Já Talita dos Santos, 18, do 8º ano, vai falar em seu seminário sobre os heróis negros. “Se essas pessoas não tivessem lutado tanto, hoje nós não teríamos essa liberdade que nós temos”, explicou. Quem também participou foi Alisson Bispo dos Santos, 17, do 2º ano, que explanou sobre o tema ‘África, berço da humanidade’. “É importante passar esses temas nas escolas para que todos saibam que a África é o berço da humanidade e que, por isso, todos nós somos afrodescendentes”, afirmou.
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