Equipes são treinadas para atuar em acidentes envolvendo produtos perigosos

Na próxima segunda-feira, 10, começa o Curso de Operações com Produtos Perigosos, envolvendo profissionais de diversos órgãos e instituições que atuam no estado de Sergipe. A abertura das atividades acontecerá às 8h, no auditório central da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE), no município de Laranjeiras.

Os conhecimentos e técnicas repassadas durante o curso têm o objetivo de estabelecer, junto às organizações participantes, a formação de uma equipe especializada para atuar durante operações que contam com produtos perigosos, visando à prevenção e o combate em possíveis casos de acidentes envolvendo este tipo de carga. Para isso, os participantes freqüentarão durante o curso, que termina no dia 18 de dezembro, aulas teóricas e práticas, finalizando com a realização de um simulado que acontecerá no último dia de instrução, totalizando um total de 60h de aula.

Durante as instruções, serão abordados conteúdos referentes à radioproteção, equipamentos de proteção individual, aspectos e legislação ambiental, equipamentos operacionais, toxicologia, explosivo, entre outros assuntos pertinentes ao tema abordado. Os conhecimentos serão passados por instrutores ligados aos órgãos e instituições envolvidas.

"O objetivo do curso é fornecer conhecimentos sobre manuseio e transportes de produtos perigosos, além de formar equipes, que contarão com participantes das organizações envolvidas, para atuarem simultaneamente em casos de acidentes com cargas perigosas", informou o tenente BM Carlos Alves.

O evento contará com a participação de integrantes do Corpo de Bombeiros Militar, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema),  do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), da Defesa Civil, da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), Polícia Militar, Terminal Marítimo de Carmópolis (Tecarmo), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Companhia de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRv) e da Fafen. Ao todo participarão do curso 35 profissionais das organizações acima citadas.

A abertura do curso contará com a participação do secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, e dos comandantes do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Santos Moura, e da Polícia Militar, coronel José Péricles Menezes. Ainda vão marcar presença representantes da Fafen-SE, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Adema e Ministério Público Estadual.

Portaria

O secretário de Estado da Segurança Pública, Kércio Pinto, baixou uma Portaria que torna inválidas, a partir de 31 de dezembro de 2007, todas as carteiras de blásters, profissionais encarregados de organizar e distribuir explosivos. O objetivo é que a instituição assuma efetivamente o controle da emissão dos atestados de habilitação deste tipo de atividade em Sergipe, colaborando com o Exército na fiscalização do comércio e tráfego de produtos controlados.

Segundo o decreto federal n º 3.665, que regulamenta esse tipo de inspeção, também são atribuições da Secretaria de Segurança Pública (SSP) cooperar na identificação de pessoas que estejam exercendo qualquer atividade com produtos controlados e não tenham sido registradas nos órgãos competentes. De acordo com o chefe do Departamento de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE) da SSP, delegado Jocélio Franca Fróes, até o final do ano, será feito um trabalho de advertência junto às empresas responsáveis pelo manuseio de explosivos e produtos químicos nos municípios sergipanos.

"A sociedade civil desconhece, mas diariamente circulam no estado várias unidades móveis que transportam explosivos, em atividades que nós não percebemos. Apesar de as grandes empresas que trabalham com petróleo, gás e cimento, por exemplo, tomarem os devidos cuidados com a segurança, a Polícia tem atribuição subsidiária de fiscalizar o controle de estoque e uso, além de exigir que o manuseio desses explosivos e materiais químicos seja realizado por pessoas habilitadas", explicou Jocélio Fróes.