Equipe do Banco Mundial avalia projetos desenvolvidos pela Pronese
Oito meses após a primeira visita, técnicos do Banco Mundial voltam à Sergipe, agora com a missão de avaliar os projetos do Programa de Combate à Pobreza Rural, o ‘Prosperar’. São projetos financiados pela instituição e desenvolvidos pela Empresa de Desenvolvimento Sustentável de Sergipe (Pronese). Durante os cinco dias de avaliação, a comitiva verificou que houve inovações nessa segunda fase do programa, e que o Estado vem priorizando as mulheres do campo em suas ações. A missão termina nesta sexta-feira, 14 de maio, com uma reunião de avaliação final com as equipes da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e Pronese.
A visita tem como objetivo discutir aspectos técnicos, institucionais e estratégicos dessa nova etapa do Projeto de Combate à pobreza, mas também tem um caráter de orientação. “Estamos em Sergipe para fazer um acompanhamento das recomendações passadas em nossa primeira visita ao estado, em setembro do ano passado. Estamos avaliando os projetos já em execução e também fazendo visitas de campo para saber quais os impactos dos investimentos nas comunidades”, afirma a chefe da missão e gerente de projetos do Banco Mundial (Bird), Fátima Godoy Amazonas.
Através do ‘Prosperar’ foram financiados – com recursos do Bird – 97 projetos comunitários, entre eles a aquisição de tratores e implementos agrícolas, cisternas, apetrechos e barcos de pesca, núcleo de informática, sistemas de abastecimento de água e projeto de caprinocultura. Ao todo, 5.813 famílias rurais foram beneficiadas. A partir de agora, a proposta dos técnicos do Banco Mundial é trabalhar para diversificar ainda mais esses subprojetos nas áreas produtivas e hídricas, e que sejam desenvolvidos de forma articulada com as demais secretarias e órgãos do Estado, no sentido de haver uma integração das ações e investimentos.
A chefe da missão do Bird explica que a avaliação dos subprojetos não se limita ao cumprimento de regras e metas. “Nosso maior objetivo é que esses projetos comunitários consigam atingir os indicadores do Prosperar, os quais visam o resultado da transformação da vida das comunidades pobres da área rural. Esses indicadores são avaliados à medida que o projeto está sendo financiado”, disse Fátima Amazonas.
A comissão do Bird quer saber, por exemplo, se o projeto está melhorando a renda da população. Se as ações desenvolvidas na área I, onde estão centrados os municípios com IDH mais baixo, estão contemplando mulheres e jovens. Outro critério analisado é se os projetos produtivos – além de servir para o próprio agricultor familiar – resultam em acordo de compra entre produtores e compradores, e que estes não sejam somente do âmbito privado, mas também institucional – ou seja, no âmbito das organizações dos trabalhadores.
Inovações
A equipe do Banco Mundial identificou inovações positivas na implementação do ‘Prosperar’. De acordo com Fátima Amazonas, 45% das famílias beneficiadas com os subprojetos, são chefiadas por mulheres. “É um percentual muito bom”, afirmou Fátima. Durante a avaliação, também foram verificadas várias inovações nessa fase do PCPR.
O critério de graduação para identificar as famílias mais pobres dos municípios é um diferencial importante, avalia a chefe da missão do BIRD ao acrescentar que esse sistema mostra que há uma mobilização e um compromisso do governo em fazer a inclusão social dessas famílias carentes. Outro ponto destacado pela comitiva do banco é a adimplência das associações, isso porque estas instituições precisam está legalizadas e regularizadas para serem atendidas com recursos do Banco Mundial.
Os projetos ambientais e culturais também foram destacados pelos técnicos que também apontaram os projetos produtivos, com característica de mercadologia, como diferenciais dessa etapa do Projeto de Combate à Pobreza. “São projetos que visam à sustentabilidade. São ações inovadoras quando se disponibiliza assistência técnica e capacitação para que o produtor saiba gerir seu próprio negócio, melhorando a produção e a qualidade”, ressalta Fátima Amazonas, ao frisar que outra inovação verificada é o trabalho de forma integrada, articulando demais secretarias e órgão do governo para que todas as ações e investimentos canalizados tragam bons resultados para o desenvolvimento das comunidades rurais.
Redefinição de metas
De acordo com Fátima, as metas previstas inicialmente no que se refere a número de projetos a serem financiados pelo Bird serão revistas. “Devido à queda do dólar será preciso fazer uma nova adequação”, disse ao acrescentar que em outubro deste ano, a missão retorna a Sergipe para uma nova fase de avaliação do ‘Prosperar’.
O Banco apoia projeto-piloto no Baixo São Francisco
Durante a visita em Sergipe, a equipe do Banco Mundial está analisando um projeto-piloto que será desenvolvido na região do Baixo São Francisco. “Estamos com uma especialista em recursos humanos trabalhando especificamente nessa localidade para discutir e definir o desenho e os termos de referência para elaboração e execução de um plano sócio-econômico para a região”, explica Fátima Amazonas.
Trata-se de um projeto-piloto que visa desenvolver ações para melhoria dos indicadores econômicos e sociais do Baixo São Francisco. “Essa região tem o IDH muito baixo, mas tem potencialidade. Então vamos trabalhar para mudar essa situação, ou seja, vamos verificar de que forma essa potencialidade pode ser explorada de forma a melhorar as condições de vida das comunidades que ali residem”, ressalta Amazonas.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Equipe do Banco Mundial avalia projetos desenvolvidos pela Pronese – Fotos: Ascom/Pronese