Emsurb continua combatendo as rotineiras pichações nos mercados centrais
De acordo com o assessor de Comunicação da Emsurb, Helber Andrade, a freqüência da ação dos pichadores impede que os mercados fiquem mais do que alguns dias totalmente pintados conforme o esperado. “Em abril, por exemplo, a empresa concluiu a nova pintura dos mercados Antônio Franco e Thales Ferraz e, logo depois, já haviam alguns pontos pichados”, informa.
Ainda segundo Helber, os pichadores chegam ao cúmulo de criar competições entre suas gangues para saber qual grupo vai pichar primeiro uma obra inaugurada ou reformada. “Até no Mercado Miguel Arraes, no Bugio, fomos obrigados a manter seguranças no local para que a obra não fosse inaugurada já pichada. Recebemos vários avisos de que as gangues estavam só esperando o momento para atacar. Infelizmente, dias depois da inauguração e, mesmo com os guardas, elas agiram”, informou.
Helber diz também que a Emsurb não tem como manter um período padronizado para pintura das edificações. O trabalho é desenvolvido de acordo com a necessidade. “Isso depende do local, do tamanho ou do que foi pichado. Às vezes, pelo teor da frase ou símbolo rabiscado, somos obrigados a correr para restaurar a pintura. Mas quando é algo menor, não há muito o que fazer, até porque teríamos que pintar vários trechos da cidade diariamente e isso é impossível”, explica.
A prática, claro, traz prejuízos à cidade e, por tabela, ao bolso do contribuinte, que paga impostos e deseja ver o patrimônio sempre conservado. A situação é ainda pior para os feirantes dos mercados centrais, obrigados a conviver com as paredes de seus estabelecimentos com frases ou siglas muitas vezes desrespeitosas e que podem até afastar os clientes.
Halisson Lisboa, vendedor do Box 174, diz que nem se a Prefeitura de Aracaju pintasse o mercado todo o dia conseguiria dar fim às pichações. “Não tem como competir. O problema não é a pintura, mas a lei. Estes pichadores deveriam ser encarados como criminosos e não infratores. Outra coisa que poderia ser feita é controlar a venda da tinta de spray. Só deveria ser vendida para pintor com carteira identificada ou algo assim”, sugestiona.
Comerciante do Box 184, Wesley Ferreira faz coro com o colega e acredita que o problema não é propriamente de manutenção e fiscalização. “Você coloca os guardas para tomar conta. Mas enquanto eles estão de um lado fazendo a ronda, os pichadores vão pelo outro. Não tem como fiscalizar o mercado a noite toda”, opina.
Segundos os termos do artigo 65 da Lei 9.605/98, “pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano é crime ambiental com pena de detenção de 3 meses a um ano, e multa. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada por seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena passa a ser de 6 meses a um ano, e multa”.
Os cidadãos que presenciarem atos de vandalismo podem, e inclusive devem, denunciar o fato à Guarda Municipal pelo telefone (79) 3179-7075; ao serviço Fala Cidadão, (79) 3218-7884; ou à própria Polícia Militar, 190.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Emsurb continua combatendo as rotineiras pichações nos mercados centrais – Fotos: Wellington Barreto