Emoção marca concerto da Orsse
Na semana em que se comemora a emancipação política do Estado, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) preparou um concerto todo especial e atraiu centenas de pessoas que foram ao Teatro Tobias Barreto para celebrar com ela, mais este capítulo da história do Estado. A apresentação que tem a realização da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio do Banese e Instituto Banese, ocorreu na última quinta-feira, 5.
O concerto foi marcado pela estreia mundial da peça “Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto”, encomendada pela Sinfônica ao compositor Cláudio de Freitas e interpretada com louvor pelo baixo paulista Carlos Eduardo Marcos. A peça representa trechos das poesias “Cena Sergipana” (1857), “Penso em ti” (1865), “O Gênio da Humanidade” (1866) e “Que Mimo!…” (1874), do livro “Dias e Noites” do grande poeta sergipano Tobias Barreto e emocionou a todos com sua sonoridade e perfeita execução.
Anualmente a Orquestra Sinfônica de Sergipe encomenda uma peça dedicada à produção artística no Estado, e segundo Guilherme Mannis, diretor artístico e regente titular da Orsse, este ano, a peça surgiu também através de um anseio do compositor Cláudio Freitas, que é um grande estudioso de literatura, especificamente Tobias Barreto, e mostrou grande interesse na peça.
“Cláudio me fez essa proposta e nós acordamos da realização desta peça. A roupagem dessas obras é muito contemporânea, ou seja, muito diferente do que o público está acostumado a ouvir com a Orsse, mas é uma leitura muito bonita, interessante e muito bem interpretada pelo baixo Carlos Eduardo Marcos, que é um dos maiores baixos que o Brasil possui”, completou o maestro.
Guilherme ressaltou que a apresentação homenageou ainda o historiador Luiz Antônio Barreto, pela sua dedicação a obra do poeta Tobias Barreto. “Este é um concerto que tem Sergipe como tema principal, por isso, escolhemos Tobias Barreto e o professor Luiz Antônio Barreto, que são dois grandes nomes da história do Estado, para homenagear”, disse.
O baixo Carlos Eduardo Marcos, por sua vez, também estava muito contente com a presença em um concerto com a Orsse e por ter a honra de executar uma peça tão importante para os sergipanos. “A Orquestra de Sergipe tem se desenvolvido muito bem e temos ouvido falar muito dela e do trabalho do Guilherme no meio artístico, por isso, para mim é um grande prazer estar aqui e fazer essa estreia mundial que é muito interessante e principalmente que é dedicada a Sergipe”, frisou.
Sergipanos encantados
Além da peça que comemora a emancipação política de Sergipe, a Orsse executou também o Concerto nº2 para piano e orquestra, op 83, de Johannes Brahms, que foi brilhantemente executada pelo pianista Ricardo Castro.
Para o público que prestigiou o evento a sensação era de amor pela sua terra. O aposentado Hicio Ferreira, por exemplo, sempre que pode comparece a Orsse. Ele conta que considera a sinfônica um grande patrimônio do povo sergipano. “Esta estreia então é um espetáculo a parte que a nossa orquestra nos proporciona”, observou.
Já o ortodontista e pianista nas horas vagas, Wandirley Andrade, destacou além da peça encomendada, a execução do concerto de Brahms, que para ele, como pianista, é uma das peças mais belas mundo. “A Orsse realiza um trabalho excelente, com um trabalho cativo e contínuo, fidelizando o público sergipano, o incentivando a apreciar a música clássica e principalmente, trazendo grandes peças para apreciação do público”, avaliou.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Emoção marca concerto da Orsse – Fotos: Fabiana Costa/Cultura