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O município de Riachão do Dantas foi considerado, entre as décadas 80 e 90, o principal produtor de abacaxi do estado de Sergipe. Por conta de problemas relacionados à baixa dos preços, desorganização dos agricultores da época e a incidência de pragas, esse quadro se restringiu a região em apenas poucas unidades produtivas.

Atualmente, a cultura vem dando sinais de recuperação, o que demonstra a disposição dos produtores em retomar a produção naquele município. E por observar esse momento, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) vem realizando seminários que visem discutir a cultura do abacaxi. O último seminário aconteceu na última terça-feira, 10, e contou com a participação de 80 agricultores familiares da região, além de autoridades municipais e representantes de entidades parceiras.
 
A programação abordou temas focando na revitalização da cultura na região. Dentre eles, foram os principais problemas fitossanitários relacionados à cultura, cuja palestra foi ministrada pelo Engenheiro Agrônomo Marcelo Brito; numa outra palestra, o tema discutido foi a produção de mudas por biotecnologia, apresentado pela bióloga do Sergipetec, Kelly Teixeira; e por fim, a Rede Temática de Produtos e Mercados da Emdagro, Wagner Brito, que mostrou as principais políticas públicas.
 
O seminário foi aberto pelo Gestor do Escritório Regional da Emdagro em Lagarto, Walter Pinheiro, nas presenças do prefeito de Riachão do Dantas, Ivanildo Macedo; do Vereador Pedro da Lagoa, que representava o presidente da câmara municipal; de representantes do Banco do Brasil, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, do Conselho do Desenvolvimento Municipal e do articulador do território ocidental, além de técnicos de escritório local da Emdagro e do Coordenador de Fruticultura, Walter Ramos. Para o Gestor, o seminário demonstrou o quanto a Emdagro está atenta e preparada para compreender os anseios dos agricultores. “Nós não podíamos deixar de realizar um evento como esse porque esse é o papel da Emdagro, procurar atender aos anseios dos agricultores no momento em que são identificados por nossos técnicos”, disse, destacando, ao final, a parceria entre a empresa e a Prefeitura de Riachão do Dantas.
 
Segundo o Prefeito de Riachão, Ivanildo Macedo, o que se deve haver é uma somação de esforços para viabilizar a retomada da produção em grande escala no município. “Nós vamos procurar articular com a Emdagro, que é uma grande parceira, no sentido de ampliar a atendimento aos agricultores do município e elevar essa qualidade na produção do abacaxi para que Riachão do Dantas volte ao topo como o maior produtor de abacaxi do Estado”.

Para tanto, o prefeito destaca que políticas públicas devem ser ampliadas de forma a estimular cada vez mais o agricultor familiar. “A gente está buscando conversar com o agricultor, procurando resolver a situação deles, procurando ajudar na parte demandas públicas, firmando compromisso com o Banco do Brasil, com a Emdagro para incentivar o agricultor a plantar o abacaxi, para que a gente possa alavancar a cultura em nosso município”.
Políticas Públicas
 
No seminário, alguns pontos identificados, sobretudo na questão da produção e da comercialização da fruta, puderam ser esclarecidos. Dentre esses pontos estava a organização dos agricultores em associações ou cooperativas, que viabilizem dinamizar toda a cadeia produtiva do abacaxi. Outro ponto importante abordado foi no tocante ao acesso a financiamentos e seguros da produção. Isso vai facilitar a inserção desses agricultores aos mercados institucionais (como Prefeituras, Estado e Conab), através da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), onde o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), por exemplo, prever que do total de recursos investidos pelo município na merenda escolar, 30% deles serão adquiridos da agricultura familiar.

Além do mais, será possível também, a viabilização do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), sendo este estruturado em três pilares: o primeiro é a compra direta; o segundo é a formação de estoque pela agricultura familiar; o terceiro diz respeito à compra por doação simultânea; e o quarto refere-se ao incentivo à produção e o consumo de leite como meio alternativo à agricultura. E o passo final seria justamente a articulação com as agroindústrias, cujo intuito é inserir a fruta num processo de industrialização de forma a agregar valor à produção.

“Antes de qualquer coisa, o agricultor precisa ter sua atividade como negócio. Ele deve produzir e produzir com qualidade, porque além dos mercados institucionais, nós temos as feiras livres, que são o mercado mais popular e democrático que tem, porque ele mesmo pode expor e vender seus produtos. Além do mais, existe a possibilidade de ele vender de porta em porta, porém o que o produtor precisa é enxergar a cadeia produtiva como um todo, desde a questão da produção até a comercialização”, detalhou o articulador da Rede Temática de Produtos e Mercados, Wagner Brito.

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