Educadores discutem a inclusão de jovens e adultos através das primeiras letras
O curso aborda diversas disciplinas, tratadas de forma interdisciplinar, e abarca 10 encontros em horário integral. As oficinas são realizadas pela Semed com recursos advindos do Programa Fazendo Escola, desenvolvido pelo Governo Federal e são voltadas para os educadores da rede municipal que trabalham no Programa de Aceleração de Educação de Jovens e Adultos (Paeja).
Dentro das atividades desenvolvidas, o professor José Genivaldo Mártires, especialista em metodologia do ensino, coordenou durante todo o dia de ontem debates sobre história, sociedade e educação. “Os jovens e adultos que estão começando a aprender agora podem até não saber ler e escrever, mas fazem uma leitura de mundo. É preciso motivá-los e lembrar que são sujeitos históricos, pois a história não é feita somente pelas grandes personalidades, mas por todos nós”, declarou José Genivaldo.
Em um primeiro momento, as oficinas realizadas no período da manhã ofereceram conhecimento teórico. Já à tarde, os professores com cartolina, revistas e cola, fizeram trabalhos práticos sobre os conceitos apresentados. Na oficina ministrada por José Genivaldo, os educadores debateram sobre temas como consumo, família e desigualdade social, relacionando reflexões sobre a sociedade atual com imagens recortadas de revistas. Também fizeram uma ponte entre o mundo contemporâneo e o passado.
Cidadania e trabalho
O Paeja envolve o 1° Ciclo, que realiza a alfabetização de jovens e adultos da 1° à 2° séries, e o 2° Ciclo, com práticas pedagógicas que abarcam 3° e 4° séries. O programa atende pessoas que nunca foram à escola, como também aquelas com certo grau de escolaridade.
“Nós professores buscamos valorizar o aluno que teve pouco ou nenhum contato com a educação formal, pois ele já traz uma bagagem de conhecimentos apreendidos no decorrer da vida. Esses novos aprendizados adquiridos com a educação formal têm a função de ampliar a sua leitura de mundo, bem como as suas oportunidades no mercado de trabalho”, comentou Maria Iraci Pacheco Rezende, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Juscelino Kubitscheck, localizada no Bairro Coroa do Meio.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Educadores discutem a inclusão de jovens e adultos através das primeiras letras – Fotos: Walter Martins