Doutor em farmácia discute implantação de farmácia clínica nos hospitais
Durante toda esta quinta-feira, 11, os farmacêuticos da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) debateram com o professor Wellington Barros, doutor em Farmácia, ‘Os desafios da implantação da farmácia clinica em hospitais público’. O debate faz parte da capacitação que está sendo realizada até esta sexta-feira, 12, pela fundação.
“A proposta do curso é mostrar que os serviços da farmácia, num ambiente hospitalar, têm duas dimensões: logística e clínica. Para ter qualidade dos serviços de saúde e qualidade terapêutica, não basta somente que os farmacêuticos garantam medicamentos e insumos, é necessário que eles incorporarem os serviços clínicos”, destacou o professor que atualmente leciona e desenvolve pesquisas na Universidade Federal de Sergipe (UFS).
A partir desta perspectiva, o profissional passa dar suporte à equipe principalmente com o fornecimento de informações sobre os medicamentos. Além disso, ele contribui com os sistemas de qualidade das agências quando faz a notificação de problemas sobre os medicamentos. “A criação da FHS é um modelo de gestão que busca a excelência e o aperfeiçoamento de serviços e sistemas de qualidade em saúde. Será mais fácil implantar esse modelo”, opinou.
Para implantação, o primeiro passo é consolidar a parte logística. “É identificar, através de um planejamento estratégico, quais são os pontos que já estão funcionando, o que pode ser otimizado e o que deve ser implantado. Com a base estruturada, é possível que se identifique serviços clínicos que podem ser implantados a curto prazo”, disse o professor.
Conforme salientou Wellington Barros, este modelo ainda é muito incipiente no país. “Mas em Sergipe temos experiências exitosas na rede privada. A farmácia desses hospitais atua na prevenção de interação medicamentosa e na identificação do risco hospitalar pelo uso de medicamentos. Existem estados maiores que ainda não têm isso implantado”, destacou.
Opinião
O farmacêutico Rafael Santana, assessor de Compras e Equipamentos da FHS, acredita que este tipo de gestão vai gerar economia para o estado. “A partir de um cuidado humanizado, que está sendo proposto pela fundação, vamos garantir a prevenção de problemas relacionados com medicamento. Além de melhorar o tratamento do paciente, evita que remédios sejam utilizados de forma inadequada, prolongando o estado de enfermidade do paciente e o tempo de permanência hospitalar. Ou seja, tudo isso reduz gastos”.
Helena Lima trabalha no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) há seis anos. Para ela, a atuação na farmácia clínica é um desejo de todo profissional. “O farmacêutico sente vontade de trabalhar com a farmácia clinica, mas é necessário que haja as oportunidades e as ferramentas. Desde que recebe o diploma, o profissional tem vontade de fazer a parte clínica”, concluiu.
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