Documentário ‘Mulheres Mangabeiras’ estreia no Curta-SE
A rica história das catadoras de mangaba de Sergipe nas telas do cinema. O documentário ‘Mulheres Mangabeiras’, que será exibido este sábado, 17, às 19h, no Festival Iberoamericano de cinema de Sergipe (Curta-SE 11), conta com o apoio da Fundação Aperipê e retrata a vida e o exercício dessa atividade tradicional, que enriquece a vida das mulheres de diversos municípios sergipanos.
Toda a concepção do documentário da jornalista Rita Simone contou com a participação das protagonistas da história. Além de serem personagens, as catadoras colaboraram com a construção da narrativa. Antes de ser finalizado, o projeto foi submetido ao crivo das catadoras, resultando num retrato fiel da luta por reconhecimento e valorização da atividade, que atravessa gerações.
“Ao se verem nas imagens, as mulheres dialogam com o documentário, dão risadas, choram e se identificam com aquilo que está sendo apresentado. Mesmo aquelas que não estão no vídeo, reconhecem-se na história contada pelas outras catadoras, reconhecem assim, nossas semelhanças, dificuldades e conquistas” afirmou Patrícia de Jesus, produtora do vídeo e presidente do Movimento das Mulheres Catadoras de Mangaba de Sergipe.
O Canto das Mangabeiras
De uma riqueza singular, a trilha sonora do documentário é assinada pelas próprias catadoras, que lançarão um CD na Sociedade Semear (Rua Vila Cristina 148 – Aracaju), dia 21 de setembro. Dezoito faixas com canções que falam da mangabeira, da atividade de catar mangaba e seus desafios, pássaros, atividades diárias como lavar roupa no rio, e até mesmo uma reza.
O projeto realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai) e patrocinado pelo Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, tem como um de seus objetivos, reforçar os saberes culturais das Catadoras de Mangaba a partir da valorização e afirmação de seus hábitos e tradições. As gravações tiveram início há mais de três meses, e movimentaram a vida de mulheres. Os ritmos transitam entre o samba de roda, o samba de côco, o reisado, o baião e alguns outros gêneros musicais.
“O orgulho de gravar músicas construídas por elas e que falam sobre o cotidiano delas pode ser visto no brilho dos olhos e na entonação da voz de cada uma destas catadoras de mangaba que passaram pelo estúdio. São artistas. A mescla entre práticas de trabalho e música é sempre emocionante, verdadeira e gera um registro autêntico da cultura popular, uma cultura produzida a partir das práticas sociais das comunidades,” destaca Mary Barreto, diretora musical do CD ‘Canto das Mangabeiras’.
Contando com uma banda base formada por Betinho Caixa D’água, o sanfoneiro Glauber e o violonista Netinho, a noite do lançamento promete ser lembrada como um momento histórico na trajetória musical das Catadoras de Mangaba.
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