Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito é lembrado no Huse

Os números de mortes resultados da violência no trânsito motivaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a estabelecer o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito. Nesta data, que em Aracaju foi lembrada nessa segunda-feira, 21 de novembro, são homenageadas as pessoas que morreram em virtude de acidentes de trânsito, além de suas famílias, e todos aqueles que de alguma forma tiveram suas vidas afetadas por essas tragédias.

No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que recebe diversas vítimas do trânsito diariamente, foi realizada uma celebração religiosa com a presença do arcebispo auxiliar Dom Henrique. “Essa é uma iniciativa muito feliz, porque chama a atenção para o valor da vida. Todos precisam se conscientizar que o trânsito mata mesmo. É preciso ter muita responsabilidade para guiar, pois na maioria das vezes o que vemos é essas mortes serem causadas por alta velocidade e embriaguez”, declarou Dom Henrique.

Para o superintendente do Huse, Francisco Claro, a data deve considerar especialmente a valorização da vida. “É muito importante fazer um evento alusivo a esse dia no Huse, pois é o único hospital no Estado capaz de receber as vítimas graves de acidentes de trânsito. Esse é um momento de conscientizar o máximo de pessoas possível para darmos cada vez mais importância às nossas vidas”, comentou.

O evento em Aracaju teve significativa participação da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), que no Huse foi representada por diversos colaboradores do órgão e pelo seu superintendente, Antônio Samarone. “Como nós trabalhamos bastante com prevenção, é importante verificar que se o nosso trabalho não for bem feito, vai aumentar o sofrimento das pessoas em hospitais. Estamos engajados na tentativa de diminuir essas estatísticas que tanto nos entristecem”, disse.

Em meio à celebração religiosa realizada no Huse um depoimento emocionou a todos. Foi o da estudante de Direito Cristiane Santos, que este ano acabou perdendo o pai em um acidente de trânsito. “Para mim é tudo muito difícil, meu pai sofreu um acidente sem ter nenhuma culpa, chegou ao Huse, foi muito bem atendido, acompanhei tudo de perto, mas não teve nada que os médicos pudessem fazer para salvá-lo. Ele chegou ao hospital e morreu horas depois, configurando uma tragédia que abateu muito a minha família. Quero lembrar que isso pode acontecer em qualquer família, então o que pudermos fazer para evitar esse sofrimento deve ser feito”, falou a estudante.

Logo após a celebração, o arcebispo Dom Henrique visitou as instalações do Pronto Socorro do Huse, onde abençoou alguns pacientes e pôde trazer um pouco de conforto aos enfermos e seus familiares.