Dia de Campo sobre cultura da mandioca encerra calendário do Deagro
Em clima de despedida, produtores familiares, técnicos do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Deagro) e pesquisadores da Embrapa reuniram-se nesta quinta, 13, na estação experimental Antônio Martino, em Lagarto para o dia de campo sobre a cultura da mandioca. O encontro encerra o calendário de ações do Deagro no ano de 2007. O objetivo foi mostrar ao produtor as variedades e cultivares que são desenvolvidas na estação e distribuir as manivas que melhor se destacaram.
No dia de campo, o produtor recebe as informações técnicas de como diagnosticar e combater as pragas e doenças que atacam a cultura. "Antes a gente pensava que as manchas escuras na folha da planta era só o calor. Hoje aprendemos que isso aqui é ácaro, agora vou tratar direito", disse o produtor do povoado Genipapo em Lagarto, Pedro Fontes, apontando para a planta infestada pela praga.
A população rural marcou presença neste último dia de campo. Alguns líderes comunitários esbanjavam confiança na continuidade do projeto, como Luiz Donato dos Santos, que veio do povoado Luizão aprender com os técnicos as práticas da cultura. "Nós cultivamos mandioca de acordo com nosso conhecimento. Os técnicos mostram a maneira certa de trabalhar. Com certeza voltaremos para os dias de campos do ano que vem", declarou Luiz Donato.
Segundo a engenheira agrônoma do Deagro Maria Elizabeth, é comum em Lagarto a cultura da mandioca, porém os prejuízos afetam a produção. "Aqui em Lagarto a produtividade gira em torno de 12 a 15 toneladas quando o esperado é mais de 60. É por essa razão que fazemos esse trabalho, para ajudá-los a aumentar a produtividade", disse Elizabeth. O pesquisador da Embrapa Ivênio de Oliveira atribuiu à baixa produção o cultivo de uma só variedade. "O produtor aprende a cultivar com uma variedade e ignora as que têm maior rendimento de raízes", acrescentou Ivênio.
O pesquisador da Empraba, José Figueiroa, falou das vantagens econômicas que se tem ao cultivar a mandioca. "Nossa meta é mostrar ao produtor que a mandioca pode ser toda aproveitada. Em São Domingo por exemplo, até a manipueira é usada como alimento para o gado", informou o pesquisador.
Uma dos maiores problemas da cultura é a podridão da raiz, ocasionada pelo encharcamento do solo. Os técnicos do Deagro apresentaram aos produtores a variedade BRS Kiriris que se mostra resistência à doença. Os produtores também aprenderam a identificar o rendimento de raízes, o teor de amido e a tolerância da mandioca ao encharcamento. "O objetivo é levar ao produtor a variedade que melhor se enquadre na sua propriedade", afirmou Elizabeth.
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