Deso orienta sobre neutralização de ar na tubulação de água
A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) reuniu a imprensa na manhã desta terça-feira, 9, para fazer demonstrações de como o ar que entra na tubulação de água é neutralizado na rede, sem causar prejuízos ou custos ao cliente. A exibição contou com a presença de representante do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe – ITPS, órgão que representa o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Sergipe.
O chefe de Hidrometria da Deso, Tiago Santos, explicou que a existência de ar acontece apenas quando há desabastecimento. “Como nesse momento não há a passagem de água o ar se propaga nas tubulações. Entretanto esse evento não se reflete de forma alguma em acréscimo a conta dos consumidores, pois quando o fluxo de água é retomado, o ar é totalmente eliminado, não havendo a necessidade de fazer uso de eliminadores ou bloqueadores de ar”, explicou o técnico em saneamento.
Para não permitir que o cliente possa ser prejudicado, a Deso instala ventosas na rede de distribuição de água em trechos mais vulneráveis a entrada de ar. O representante do Inmetro em Sergipe, Miguel Seixas, destacou que 100% dos hidrômetros instalados são aferidos pelo órgão de qualidade, o que aumenta a segurança da medição. Ele afirmou ainda que a quantidade de ar que se dissipa na rede e passa pelo medidor é mínima, sem representar diferenças significativas para o consumo.
Durante a demonstração do funcionamento dos hidrômetros, os técnicos e engenheiros da Companhia utilizaram equipamentos novos, retirados de caixas lacradas e comprovaram a neutralização de ar. O teste foi feito no laboratório de hidrometria, situado na sede da empresa.
Neutralização de ar
Diante da promessa de terem sua conta de água reduzida, algumas pessoas estão adquirindo um aparelho conhecido como eliminador ou bloqueador de ar, que são equipamentos que supostamente eliminam o ar existente nas tubulações. No entanto, a Deso alertou que o uso desses equipamentos é ilegal e apresentam riscos ao consumidor.
Os eliminadores de ar além de não serem atestados e aprovados pelo Inmetro podem acarretar uma série de problemas como tornar o abastecimento vulnerável a contaminação. Isso porque esses dispositivos possuem pontos abertos, que permitem a entrada de insetos, lixo ou até mesmo água contaminada em caso de enchentes.
“Desde o momento em que tomamos conhecimento de que este tipo de equipamento estava sendo colocado nas tubulações, denunciamos o fato à Vigilância Sanitária para que os dispositivos sejam retirados e a saúde da população não seja prejudicada”, afirmou o diretor de Operações da Companhia, Silvio Múcio, destacando que a Deso mostra o compromisso para que a sociedade seja bem atendida, “com um serviço decente e correto”.
Outro problema que pode ser atribuído a esses aparelhos são vazamentos, pois os bloqueadores de ar aumentam a pressão da água, podendo originar vazamentos no ramal, o que levaria o consumidor a ter um custo mais elevado em sua conta, além de acarretar vários custos de manutenção. A empresa alertou que quem faz uso dos eliminadores ou bloqueadores de ar está passível de sofrer sanção administrativa, pois a utilização indevida ou o manuseio do hidrômetro são considerados crime ao patrimônio público.
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- Silvio Múcio Fotos: Ascom/Deso