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A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e o Pelotão de Polícia Ambiental (PPAmb) fecharam o cerco contra uma organização criminosa responsável pela extração ilegal de areia na barragem do Poxim, localizada no povoado Timbó, em São Cristóvão.

Na manhã de quarta-feira, 10, uma operação conjunta, envolvendo os dois órgãos, flagrou a atuação danosa a área de preservação ambiental. Houve perseguição aos suspeitos que evadiram em mata fechada pelo terreno íngreme, mas abandonaram quatro caminhões que servirão como alvo de investigação policial.

“Fizemos um levantamento fotográfico de todos veículos, vamos identificar através da placa os proprietários dos caminhões, emitir um relatório ao Ministério Público e Polícia Federal para que seja iniciada uma investigação. A intenção é penalizar os infratores”, explica o integrante do Pelotão, sargento Linsmar de Cristo, revelando que os suspeitos atuam como uma quadrilha organizada.

Além de homens, mulheres e adolescentes que são recrutados para fazer o trabalho manual de retirada de areia, existem os motoristas das caçambas que circulam transportando o material e os olheiros – informantes que fazem a guarda dos criminosos. A rede conta ainda com o suporte de uma máquina retroescavadeira exploração em grande quantidade de areia lavada. A suspeita é de que o recurso natural seja repassado a donos de lojas de materiais de construção em Aracaju.

Combate

Há um ano, a Deso vem denunciando a prática dos exploradores. Antes mesmo dessa última operação, ao menos três boletins de ocorrência policial foram registrados pela empresa. Porém os criminosos persistem em confrontar. “Eles estão extraindo um bem mineral em uma propriedade do Estado, além de invadirem uma Área de Proteção Permanente, na faixa de segurança da flora que é mantida dentro das condicionantes ambientais pela Deso”, descreve o gestor de Sistema de Recursos Hídricos da empresa, o geógrafo Cláudio Júlio.

Ele esclareceu que, atendendo a uma compensação da construção da barragem do Poxim, a Companhia de Saneamento teve o cuidado de plantar 40 mil mudas nativas, das quais boa parte foi destruída devido a extração de areia. “É uma obrigação nossa conter esse abuso e, em contrapartida, iniciar o trabalho de recuperação”, fala o representante da Deso, referindo-se a operação deflagrada pela polícia.

Para intensificar a repressão aos estragos feito na área de inundação da barragem do Poxim e na faixa de preservação ambiental do terreno, no início desta semana, a presidência da Deso também enviou um ofício à Polícia Federal e a outros seis órgãos estaduais e federais, solicitando reforço na vigilância para coibir a prática danosa. O documento foi encaminhado ao Ministério Público Federal e Estadual, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Administração Estadual do Meio Ambiente(Adema), Secretaria de Segurança Pública e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Uma das preocupações do diretor-presidente da Deso, Antônio Sérgio Ferrari Vargas, é que o perímetro da barragem está sendo destruído e a Área de Preservação Permanente do Timbó é objeto de pesquisas arqueológicas. “A extração ilegal está não só causando danos ambientais, como pode prejudicar qualquer resquício arqueológico que possa haver na propriedade”, comenta.

Barragem

A barragem do Poxim está com 96% das obras concluídas, restando alguns retoques na parte de engenharia. Hoje, em parceria com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), estão sendo removidas as torres de transmissão da área que será inundada. Segundo o engenheiro encarregado de acompanhar a execução da obra, Cássio Andrade Dantas, a previsão é que a barragem fique totalmente pronta até abril de 2013 já para entrar em operação.

Com capacidade de armazenamento de 40 milhões de m³, a estrutura será responsável por dobrar o fluxo de água no rio Poxim para atingir 1.2 mil litros, dando mais garantia ao abastecimento de água na Grande Aracaju durante os próximos 20 anos.

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